Brasil: documental sobre el músico Chico Buarque en el Festival de cine de Río de Janeiro

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El Festival de Cine de Río arranca con casi 250 películas de más de 60 países

El Festival de Cine de Río de Janeiro, considerado uno de los importantes de Latinoamérica, desembarca este jueves en la ‘Ciudad Maravillosa’ con casi 250 películas de más de 60 países, además de diversas actividades paralelas y espacios para el encuentro de los profesionales del sector. El festival dará el pistoletazo de salida con la proyección de la película ‘Chico: Artista Brasileño’, de Miguel Faria Jr; un documental sobre la vida del cantante y compositor Chico Buarque, en el que el propio artista habla de su día a día, de su obra y de su proceso creativo, acompañado de otros personajes que le han acompañado en su trayectoria.

Después empieza una interminable lista de títulos entre los que sobresalen nombres de maestros como Nanni Moretti (‘Mia madre’), Wim Wenders (‘Every thing will be fine’), Jerzy Skolimowski (’11 minutes’), Carlos Saura (‘Argentina’), Philippe Garrel (L’Ombre des Femmes’), Frederick Wiseman (‘In Jackson Heights’), Amos Gitai (‘Rabin’, ‘The Last day’) o los hermanos Tavianni (‘Maraviglioso Boccacio’), entre muchos otros.

El Festival de Cine de Río arranca con casi 250 películas de más de 60 países

El festival también quiere ser un escaparate de la cosecha de películas de 2015, incluyendo algunas de las cintas premiadas y exhibidas en los principales festivales del mundo, de directores como Michel Gondry (‘Microbe et Gasoil’), Matteo Garrone (‘Il Racconto dei Racconti’), Guillermo del Toro (‘Crimson Peak’), Kim Ki­Duk (‘Stop’), Cesc Gay (‘Truman’) o Patricia Riggen, con ‘Los 33’, el filme sobre los mineros de Chile protagonizado por Antonio Banderas.

Al margen del grueso de la programación también habrá un ciclo dedicado al cine de Orson Welles, a las rarezas del ‘noir mexicano’ y a las producciones de animación japonesas del estudio Ghibli, uno de los más respetados de la actualidad.

Además, el cineasta Hal Hartley, uno de los iconos del cine independiente americano de los 90, participará en una clase magistral y presentará tres de sus películas: ‘Simple men’, ‘Flirt’ y ‘Ned Rifle’.

Como es habitual el festival contará con numerosos seminarios, charlas, conferencias y el espacio ‘Rio Market’, donde productores, distribuidores y agentes de ventas de la industria audiovisual sellarán sus negocios y donde además habrá 45 debates abiertos al público.

El festival tendrá lugar en 20 salas de toda la ciudad y entre ellas destaca el cine Odeon, uno de los más antiguos del centro, que se ha recuperado después de que en la pasada edición permaneciese cerrado por obras de restauración.

Publicado en Notiamérica

Filme sobre Chico Buarque abre o Festival do Rio

Na véspera do Festival do Rio de 2005, o diretor Miguel Faria Jr. explicou que seu documentário “Vinicius” retratava o ponto de vista de uma geração, a do próprio cineasta, que teve seu comportamento moldado por Vinicius de Moraes.

Mas, junto ao estandarte do sanatório geral, passaram-se dez anos. “Vinicius”, o filme, tornou-se o documentário mais visto do Brasil, com quase 300 mil espectadores. Antes disso, Vinicius, o poeta, morrera em 1980, quando outro compositor já havia se consagrado um dos maiores nomes da MPB, uma espécie de sucessor do velho boêmio que escrevia sobre mulheres e brasilidade. Para Miguel, era o momento de falar da geração pós-Vinicius. E de seu personagem-chave.

— Quando o Vinicius começa a parar de trabalhar, mais velho, é quando o Chico chega ao auge. Então foi natural partir de um para o outro — conta Miguel, que, como Chico Buarque, nasceu em 1944. — Mas meu novo filme não é apenas sobre a figura do Chico. É sobre uma geração inteira.

Uma década após “Vinicius”, “Chico — Artista brasileiro” abre nesta quinta-feira o Festival do Rio de 2015, fora de competição, em sessão para convidados no Cine Odeon (a primeira exibição aberta ao público será na sexta, às 19h15m, também no Odeon). O formato desenvolvido por Miguel dez anos atrás se mantém atual no novo projeto, com a diferença de que o sucessor do poetinha está vivo e pôde falar e cantar para o documentário.

Chico aparece logo no início do filme descrevendo, por exemplo, como memória e invenção se intercalam em qualquer processo de criação. “O trabalho da composição musical e da literatura se alimenta do que você lembra e do que você pensa que lembra”, diz, pouco depois de aparecer cantando “Sinhá”, a primeira música do filme. A partir daí, o diretor desenvolve uma estrutura baseada na cronologia de seu personagem, mas também nas variações temáticas de sua obra.

Entre imagens de arquivo e novas entrevistas com seu protagonista e com amigos como Maria Bethânia, Ruy Guerra, Edu Lobo, Hugo Carvana (morto em 2014), e Wilson das Neves, além da irmã Miúcha, o filme apresenta números musicais de outros artistas interpretando canções de Chico num estúdio decorado com telas monocromáticas penduradas por fios. A escolha das canções e dos artistas coube inteiramente a Miguel. Entre outros, Ney Matogrosso canta “Vitrines”, Milton Nascimento e a portuguesa Carminho fazem um dueto de “Sobre todas as coisas”; Adriana Calcanhotto se junta a Martnália para interpretar “Biscate”; e Péricles vai de “Estação derradeira”.

— Eu queria músicas que não fossem tão manjadas e que contemplassem praias diferentes, pedaços diferentes da composição do Chico — explica o diretor.

Chico é alheio a entrevistas. Para o lançamento do filme no Festival do Rio, não quis falar com jornais e também ainda não deu certeza se irá na sessão de gala amanhã. Mas Miguel gravou 20 horas de depoimentos com ele. Entre outros assuntos, Chico rebateu a ideia de que é tímido, lembrou de como alterava letras de músicas para evitar a censura da ditadura militar, recordou seu casamento com Marieta Severo e falou que não se importa com a solidão. Ele também apareceu com os netos, num momento íntimo, cantando “Dueto”.

FILME EVITA TRATAR DE POLÍTICA RECENTE

O documentário tem, ainda, a voz em off de Marília Pêra lendo trechos de “O irmão alemão”, último romance de Chico, lançado no ano passado. O livro é uma ficção sobre a busca do autor pelo paradeiro de um irmão, fruto do romance do historiador Sérgio Buarque de Holanda com uma jovem alemã. O filme acompanhou uma viagem de Chico a Berlim e mostra imagens de seu irmão, o também artista Sergio Günther, cantando em programas de TV da Alemanha Oriental.

“Chico — Artista brasileiro” evita, contudo, tratar de críticas recentes — e exageradamente raivosas — feitas contra o compositor por sua posição política de esquerda e o voto declarado na presidente Dilma Rousseff.

— É engraçado que ele passe um ano levando porrada por apoiar um candidato. A Dilma ganhou com o voto de mais da metade dos brasileiros, e é ele quem toma porrada. Por opção nossa, não falamos sobre isso. E, sinceramente, é um assunto passageiro, um problema de curto prazo — diz Miguel.

No fim do filme (cuja estreia no Brasil está prevista para novembro), Chico aparece usando um blazer vermelho e cantando “Paratodos”, justamente a música em que afirma sua brasilidade. Seria a última canção, se não fossem os créditos, revelados enquanto toca “Futuros amantes”. Num documentário musical como “Chico”, um gênero que Miguel conhece tão bem, ninguém se levanta antes do final. Como diria o artista, não se afobe, não, que nada é pra já.

 

Publicado en O Globo

Festival do Rio terá mostra Panorama: Grande Mestres

Este ano, o Festival do Rio exibirá uma mostra especial dentro da já tradicional Panorama do Cinema Mundial. Será aPanorama: Grandes Mestres, que junta 17 filmes dirigidos pelos maiores nomes do cinema mundial em atividade.

Da Ásia, virão os novos filmes de Hong Sang-soo (A montanha da liberdade, exibido em Veneza 2014, e Right Now, Wrong Then, ganhador do Leopardo de Ouro de Locarno 2015) e Tsai Ming-liang (À tarde, uma extensa conversa com seu ator-fetiche, Lee Kang-cheng).

A França marca presença com o veterano Philippe Garrel, com seu À sombra de uma mulher, que abriu a Quinzena dos Realizadores de Cannes este ano. Já a belga Chantal Akerman desnuda sua relação com sua mãe no documentário Não é um filme caseiro.

Já os irmãos italianos Paolo e Vittorio Taviani estarão presentes com Maravilhoso Boccacio, releitura e tributo aDecamerão, uma das maiores obras literárias de todos os tempos. Também da terra de Fellini chega o novo trabalho de Nanni Moretti, Mia madre, que foi exibido na competição de Cannes deste ano.

A latinidade chega com o mexicano Arturo Ripstein e seu A rua da amargura e com o espanhol Calors Saura, comArgentina, olhar musical sobre o folclore argentino.

E a festa não para por aí: há ainda novos trabalhos de Wim Wenders (Tudo vai ficar bem, exibido em Berlim), Peter Bogdanovich (a comédia Um amor a cada esquina) e três destaques do Festival de Veneza: os novos de Jerzy Skolimowski (11 minutos, foto acima), Amos Gitai (Rabin, The Last Day) e Aleksandr Sokurov (Francofonia).

Por fim, dois dos principais nomes do documentário de todos os tempos também terão seus filmes exibidos:Frederick Wiseman com seu Em Jackson Heights e Albert Maysles com Em trânsito, codirigido com Lynn True, Nelson Walker, David Usui e Ben Wu.

Confira a programação completa da mostra Panorama: Grande Mestres.

Publicado en Festival Do Rio

 

 

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