Festival Afreaka da lugar a los sueños y reflexiones de artistas afro-brasileiros

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A cultura africana contemporânea será apresentada em diversas expressões no 2º Festival Afreaka, que ocorre até o dia 25 de junho, na capital paulista. Estarão presentes artistas afro-brasileiros e de dez países, como Nigéria, África do Sul, Uganda e Egito. Constam da programação uma mostra de cinema, seis exposições, palestras, debates e apresentações de dança, música e grafite.

“A ideia é que a gente estabeleça uma relação sul-sul, entre o Brasil e os países do Continente Africano, para que haja uma proximidade maior”, diz Kauê Vieira, um dos cinco membros do coletivo Afreaka, que surgiu como uma página na internet para divulgar informações sobre a cultura africana contemporânea. O trabalho, que envolveu historiadores e jornalistas, foi viabilizado por financiamento coletivo arrecadado pela internet que possibilitou ao grupo visitar 15 países.

O trabalho, feito em duas etapas, é o cerne do festival. Foram nessas derivas que os organizadores conheceram importantes nomes da expressão artística e intelectual daqueles países. “A curadoria é isso: são as duas visitas ao Continente Africano e as conexões que agente fez e faz no Brasil, com outros personagens da cultura afro-brasileira”, disse Kauê.

Além do centro

As atividades estão espalhadas pela cidade em cinco espaços: Galeria Olido (centro), Centro Cultural de Formação Cidade Tiradentes (zona leste), Centro Cultural da Penha (zona leste), Centro Cultural da Juventude (zona norte) e Centro de Pesquisa e Formação do SESC-SP (centro). Essa descentralização é uma das novidades desta segunda edição da mostra, que na primeira vez que foi feita ficou restrita ao centro.

“A gente parte do princípio que todos esses bairros, seja na periferia ou mais perto do centro, produzem cultura. A ideia foi de somar com a cultura produzida em Cidade Tiradentes e trazer mais uma opção para dialogar com o que eles já produzem lá”, afirmou Kauê sobre a proposta de levar a programação para outras partes da cidade.

Entre as exposições artísticas, está a Áfrikabytes, que traz obras em múltiplas mídias explorando linguagens ligadas ao espaço virtual. São obras de artistas consolidados, com videoartes, GIFs e desenhos gráficos. Os brasileiros Bianca Leite e Moisés Patrício fazem uma mostra conjunta com fotografias e instalações. São discutidos temas como racismo, feminismo e a formação do povo brasileiro.

O feminismo e o empoderamento das mulheres serão temas das palestras da filósofa Djamila Ribeiro, que recentemente assumiu como secretária municipal adjunta de Direitos Humanos, e da escritora ugandense Edna Namara. As mulheres também têm destaque na programação de cinema, com sessões dedicadas a diretoras negras. São curtas como Qual é a Cor da Minha Pele, de Maria Gal, e A Boneca e o Silêncio, de Carol Rodrigues, que abordam a gravidez na adolescência e o aborto.

Em outras sessões serão apresentados novos diretores africanos, com produções do Quênia, da Nigéria e de Gana. Dentro da proposta principal do festival, de mostrar a cultura da África fora dos estereótipos.

A programação completa está disponível na página http://www.festivalafreaka.com/

Publicado en Agencia Brasil

 

Festival em São Paulo propõe quebra de estereótipos sobre a cultura africana

A cidade de São Paulo recebe entre os dias 1 e 25 de junho o II Festival Afreaka: encontros entre Brasil e África Contemporânea, uma iniciativa multidisciplinar que, segundo a organização, «visa romper os estereótipos africanos presentes no Brasil» e oferece uma série de atividades de artes visuais e gráficas, literatura e ciências humanas do mundo africano. A entrada é gratuita.

A segunda edição do evento acontece em cinco centro culturais espalhados pela cidade. A Galeria Olido, o Centro Cultural de Formação Cidade Tiradentes, o Centro Cultural da Penha, o Centro Cultural da Juventude e o Centro de Pesquisa e Formação do SESC-SP recebem mais de 20 atrações.

Com representantes de países como Quênia, Nigéria, Uganda, Zimbábue, Egito, África do Sul, Gana, Moçambique e Angola, o objetivo do festival é incentivar a troca experiências e reflexões com pensadores e artistas afro-brasileiros da Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e São Paulo, consolidando-se como o maior festival de cultura africana contemporânea do país.

“É aberto para todos os públicos, mas os debates sobre feminismo negro, representatividade negra, nossa ocupação dos espaços dentro da sociedade e nossa relação com a ancestralidade e a África contemporânea atingem diretamente a população negra da cidade. Por isso, é importante que o público paulistano afrodescendente marque presença”, diz Kauê Vieira, jornalista e um dos organizadores do evento.

Conexões Brasil-África

Segundo Vieira, o evento surge da ideia de “desmitificar o continente africano e sua cultura e a cultura afro-brasileira, estabelecendo uma relação mais próxima entre o Brasil e a África”. Para o jornalista, o Brasil e os países africanos têm mais em comum do se imagina.

“Assim como no Brasil, nos países africanos também existe uma produção cultural que discute o direito à cidade, a necessidade de combater o excesso de violência, principalmente a policial e contra as mulheres, e o racismo”, conta.

Sobre a expectativa para o evento, Vieira diz ser a “melhor possível”. “É uma honra trazer um evento como esse para São Paulo e também uma grande responsabilidade. Vivemos em um país com um pensamento muito eurocentrado. Então, colocar esse festival no calendário da cidade de São Paulo é uma conquista», completou.

Além de palestras e debates, os participantes podem participar de uma mostra de cinema contemporâneo, seis exposições de arte, uma feira de empreendedorismo negro, apresentações de dança, música, grafite e outras performances artísticas.

Publicado en Catracalivre

 

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