Brasil: Festival de Cine Latinoamericano de San Pablo

1.196

A 11ª edição do Festival de Cinema Latino­Americano de São Paulo tem início nesta quarta (20) com uma boa amostragem da produção da região: são 118 filmes de 13 países. Há tanto representantes de cinematografias tradicionais, como as do México e da Argentina, como emergentes, a exemplo da paraguaia e da guatemalteca.

É de se lastimar, porém, que o evento se apoie tanto no cinema brasileiro, dedicando sessões a cineastas e estreias locais, que já possuem espaço em outros programas de nosso calendário.

Fica a impressão de que os organizadores temem um fracasso caso ponham o foco principal do evento em filmes de outros países da região

Mesmo ao propagandear a presença dos outros latinos, o festival utiliza a tática usual de reforçar aqueles premiados em eventos europeus. Um pouco como quem diz «é paraguaio, mas foi premiado em Roterdã», ou «é colombiano, mas foi elogiado em Cannes».

Uma pena que esse selo de qualidade europeu ainda seja mais necessário do que o julgamento do público e da crítica locais.

DESTAQUES

Ressalvas à parte, vale destacar os excelentes filmes elencados. Um deles é «A Geada Negra», do argentino Maximiliano Schonfeld, espécie de fábula que conta as transformações numa colônia de imigrantes no interior de Entre Ríos quando uma forasteira aparece e provoca mudanças na natureza.

Também da Argentina é «Forasteiro», que acompanha três jovens num balneário frio. Filmado em preto e branco, mostra um local destinado a ser um grande centro turístico, com um hotel gigante e avenidas largas de passeio, mas que por algum motivo não emplacou. «Era um lugar para ser e não foi, como muitos sonhos da juventude nos dias de hoje», conta a diretora Lucía Ferreyra à Folha. «Esses jovens estão vagando nesse mundo desproporcional de esperanças perdidas.

O México vem bem representado por produções recentes, como «Yo», de Matías Meyer, adaptação de obra do Nobel francês Le Clézio, e pela mostra Cine Negro, homenagem à época de ouro do cinema mexicano –os anos 1940–, quando país era o principal produtor de filmes em língua espanhola.

É do Chile, porém, que vem um dos mais interessantes trabalhos: «Aqui Não Aconteceu Nada», de Alejandro Fernández Almendras. Aparentemente, trata­se apenas de um suspense sobre um acidente envolvendo jovens bêbados. Quando a investigação policial ganha corpo, porém, o que sobressalta é o mundo de influências e de poder que sustentam a sociedade chilena, remontando seu funcionamento desde os tempos de Pinochet (1973­1990).

Publicado en Folha de S.Paulo

Festival de Cine Latinoamericano en São Paulo destaca a mujeres directoras

La 11.ª edición del Festival de Cine Latinoamericano de São Paulo destaca la creciente presencia de las mujeres en la producción cinematográfica regional y rinde homenaje a la cineasta y guionista local Anna Muylaert, quien dirigió la reciente y exitosa película Una Segunda Madre (Que horas ela volta?). Se exhibirán 23 títulos de Muylaert, con obras desde el principio de su carrera, algunas de rara circulación.

Hasta el 27 de julio, se proyectarán 118 películas de 13 países en la instalaciones del Memorial de América Latina. Tendrán lugar también reuniones y discusiones con el público. Además del énfasis en la producción de las mujeres, el comisario y creador del festival, João Batista de Andrade, cuenta que el propósito del evento es abrir la puerta a nuevos desarrollos. “Hay una muestra muy grande de cine mexicano, una muy grande de cine contemporáneo latinoamericano, y una cosa especial que son las mujeres por detrás de la cámara”, dijo.

Según Andrade, el festival creado en 2006 abrió el camino para nuevos talentos. “Creo que el festival mostró a los jóvenes que ellos tienen espacio. Los cineastas tradicionales siguen siendo importantes, pero debe haber nuevas ideas, nuevas generaciones con oportunidad de exponer una nueva visión”, sostuvo.

Una muestra especial del festival es Mujeres Detrás de las Escenas, que reunirá producciones recientes (2014 y 2015) de la nueva generación femenina de cineastas mexicanas, con nombres como Alejandra Márquez Abella y Teresa Camou. En 2015, según la organización del festival, una cuarta parte de la producción cinematográfica de largometrajes mexicanos fue dirigida por mujeres.

Publicado en ICN

 

PROGRAMACIÓN

Día 21

MEMORIAL (TENDA DE PROJEÇÕES)

16h –
Espantalho – Ricardo del Conde
(México, 2012, 52’, DVD, 12 anos)
+ No Corpo Errado – Marilyn Solaya
(Cuba, 2010, 52’, DVD, 12 anos)

18h –
Horizontes Mínimos – Marcos Pimentel (Brasil, 2012, 52’, DVD, 12 anos)

20h –
Que Horas Ela Volta? – Anna Muylaert
(Brasil, 2015, 114’, Digital, 14 anos)

 

CINESESC

15h –
A Riqueza do Diabo – Alejandro Galindo
(México, 1952, 85’, Digital, 14 anos)

17h –
Parque Lênin – Itziar Leemans e Carlos Mignon
(México, 2015, 75’, Digital, 14 anos)

19h –
A Última Terra – Pablo Lamar
(Paraguai/Holanda/Chile/Qatar, 2016, 77’, Digital, 14 anos)

21h –
Maria Candelária – Emilio Fernández
(México, 1943, 97’, 35mm, 12 anos)

 

CIRCUITO SPCINE OLIDO

17h –
Durval Discos – Anna Muylaert
(Brasil, 2002, 96’, 35mm, 12 anos)

 

CIRCUITO SPCINE LIMA BARRETO (CENTRO CULTURAL SÃO PAULO)

16h –
Na Palma de Tua Mão – Roberto Gavaldón
(México, 1950, 100’, Digital, 16 anos)

18h –
Enamorada –
Emilio Fernández
(México, 1946, 99’, Digital, 14 anos)

 

CIRCUITO SPCINE CAMINHO DO MAR

17h –
As Canalhas ( “Amélia”, “Dolores”, “Isabela”, “Roberta”)
Anna Muylaert
(Brasil, 2013, 88’, Digital,16 anos)

 

CIRCUITO SPCINE MENINOS

17h –
Sunú – Teresa Camou
(México, 2015, 80’, Digital, 14 anos)

 

CIRCUITO SPCINE PERUS

17h –
Escolas de Cinema – Programa 8
Primos – Magdalena Sáenz (FADU/UBA, Argentina, 2015, 12’)
Fluir – Cristhian Orta (ECU, Uruguai, 2015, 11’)
Artifício – Daniel Reascos (Incine, Equador, 2016, 21’)
O Passado Quebrado – Martín Morgenfeld e Sebastián Schjaer  (UCINE, Argentina, 2015, 16’)
Iceberg – Juliana Gómez Castañeda (EICTV, Cuba, 2015, 26’)

 

CCBB

15h –
Paixão XX – Anna Muylaert
(Brasil, 1984, 11’, 16mm, 14 anos)
+ O Sétimo Artesão – Anna Muylaert
(Brasil, 1982, 7’, 16mm, 14 anos)
+ Hot Dog – Anna Muylaert e Márcio Ferrari
(Brasil, 1983, 2’, 16mm, 14 anos)
+ Zona Eleitoral – Anna Muylaert
(Brasil, 1989, 9’, DVD, 14 anos)
+ Video Tela Azul – Anna Muylaert
(Brasil, 1989, 10’, DVD, 14 anos, 14 anos)
+ Torre de Babel – Anna Muylaert
(Brasil, 1991, 6’, DVD, 14 anos)
+ Os Sete Minutos Capitais –
Anna Muylaert, André Abujamra, Francisco Bonassi,
Francisco Cesar Filho, Idê Lacreta, Mirella Martinelli
e Tata Amaral
(Brasil, 1994, 7’, DVD, 14 anos)
+ Mama África – Anna Muylaert
(Brasil, 1995, 4’, DVD, 14 anos)
+ Rock Paulista – Anna Muylaert
(Brasil, 1988, 12’, 35mm, 14 anos)
+ A Origem dos Bebês segundo Kiki Cavalcanti
Anna Muylaert
(Brasil, 1995, 15’, 35mm, 14 anos)

17h –
Laura – Fellipe Barbosa
(Brasil, 2010, 52’, DVD, 12 anos)

19h –
Querido Camilo – Daniel Ross Mix e Julio Molina
(Costa Rica, 2007, 52’, DVD, 12 anos)
+ Overava – Mauricio Rial Banti
(Paraguai, 2012, 52’, DVD, 12 anos)

Día 22

MEMORIAL (TENDA DE PROJEÇÕES)

20h30 –
Por Trás do Céu – Caio Soh
(Brasil, 2016, 106’, Digital,14 anos)

22h –
Planeta Escarlate –
Dellani Lima e Jonnata Doll
(Brasil, 2016, 83’, Digital, 18 anos)

 

CINESESC

15h –
Sunú – Teresa Camou
(México, 2015, 80’, Digital, 12 anos)

17h –
Semana Santa – Alejandra Márquez Abella
(México, 2015, 85’, Digital,14 anos)

19h –
Paula – Eugenio Canevari
(Argentina, 2015, 65’, Digital, 14 anos)

21h –
As Escolhidas – David Pablos
(México, 2015, 107’, Digital,14 anos)

 

CIRCUITO SPCINE OLIDO

17h –
Escolas de Cinema – Programa 7
A Filha Prometida – Fernando Rangel (CCC, México, 2015, 17’)
Clandestino – Sofía Rocha (FADU/UBA, Argentina, 2015, 9’)
Eu, Samylly Vellaskes – Rodrigo Lara (Ceunsp/Salto, Brasil, 2015, 11’)
Chico – Irmãos Carvalho (PUC-Rio, Brasil, 2016, 23’)
Venenas Bibas – Sergio Carreño (ECYTV, Colômbia, 2016, 25’)

 

CIRCUITO SPCINE LIMA BARRETO (CENTRO CULTURAL SÃO PAULO)

16h –
Outro Amanhecer – Julio Bracho
(México, 1943, 106’, Digital, 14 anos)

18h –
As Canalhas (“Amélia”, “Dolores”, “Isabela”, “Roberta”)
Anna Muylaert
(Brasil, 2013, 88’, Digital, 16 anos)

20h –
Yo –
Matías Meyer
(México/Canadá/Suíça/Holanda, 2015, 80’, Digital, 14 anos)

CCBB

15h –
Parque Lênin – Itziar Leemans e Carlos Mignon
(México, 2015, 75’, Digital, 14 anos)

17h –
Vende Caro o Teu Amor – Alberto Gout
(México, 1949, 101’, Digital, 14 anos)

19h –
Na Palma de Tua Mão – Roberto Gavaldón
(México, 1950, 100’, Digital, 14 anos)

 

También podría gustarte