40 artistas de toda la región participan en Río de Janeiro del Festival Lula Livre

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Gil e Chico encerrarão festival no Rio pela libertação de Lula, diz organização

Chico Buarque, Gilberto Gil e Beth Carvalho devem participar do Festival Lula Livre, neste sábado (28), nos Arcos da Lapa e no palco da Fundição Progresso, no centro do Rio de Janeiro.

O evento promoverá shows de ao menos 43 artistas no que os organizadores chamam de “um ato cultural e político em defesa da libertação do ex-presidente Lula”.

Há expectativa de que Chico e Gil cantem juntos no encerramento do festival; seria a primeira vez em muitos anos que os artistas se apresentariam juntos.

Também são esperados candidatos à Presidência de partidos da esquerda, como Guilherme Boulos, do PSOL, e Manuela D’Ávila, do PCdoB.

A iniciativa para o festival partiu de um manifesto encabeçado por 12 artistas, intelectuais e jornalistas: Leonardo Boff, Chico Buarque, Eric Nepomuceno, Martinho da Vila, Lucélia Santos, Luís Nassif, Conceição Evaristo, Fernando Morais, José Celso Martinez Correa, Hildegard Angel, Luiz Carlos Barreto e Ziraldo.

“É um grito da cultura por liberdade, vindo de artistas que não necessariamente votam no Lula ou no PT, mas que acreditam que o ex-presidente é um preso político e que precisa ser solto imediatamente”, afirma uma das organizadoras.

A programação vai começar às 14h, na praça dos Arcos da Lapa, com atividades como oficinas e peças de teatro; depois, às 16h30, um show da Orquestra Voadora deve dar início aos espetáculos.

Beth Carvalho deve participar mesmo adoentada, em cadeira de rodas.

Outros artistas que organizaram ou apoiam o evento, como Martinho da Vila, Zeca Pagodinho e Caetano Veloso, não participarão por causa de suas agendas de shows.

Lula está preso desde abril, em Curitiba, após ser condenado em segunda instância em processo que apurou crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na compra de um apartamento tríplex no Guarujá, em São Paulo.

O ex-presidente da República afirma que o apartamento não é seu e que sofre perseguição da Justiça.

Apesar de o ex-presidente estar preso, ele é apresentado pelo PT como o pré-candidato do partido à Presidência da República nas eleições de outubro.

Confira, a seguir, a escalação do Festival Lula Livre:

Abayomy Orquestra
Aíla
Alba Mariah
Ana Cañas
Beth Carvalho
Bruno Arias
Carlos Negreiros
Cecilia Todd
Chicas
Chico Buarque
Chico César
Claudinho Guimarães
Daniel Téo
Dani Nega e Craca
Dorina
Eduardo Sosa
Fátima Guedes
Flávio Renegado
Franscisco El Hombre
Filippe Catto
Gabriel Moura
Gang 90 & Absurdettes
Gilberto Gil
Gotam Cru
Heavy Baile
Imyra (Taiguara)
Jards Macalé
LanLan
Ligiana Costa
Lyza Milhomem
Manno Goes
Maria Rivero
MC Carol
Mombaça
Não Recomendados
Noca da Portela
Odair José
Realidade Negra Rap
Sérgio Ricardo
Sérgio Santos
Tomaz Miranda
Trio Espirito Santo/ Marcos Lucenna
TromPETISTAS

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Todos(as) ao Festival Lula Livre! Por uma frente única em defesa das liberdades e dos direitos

O País sofre com os efeitos da agenda política e econômica imposta pelo golpe parlamentar de 2016. Sem mandato para isso, Temer, deputados e senadores vêm desmontando o Estado, retirando direitos e alterando a Constituição. O grande capital necessita manter e ampliar suas taxas de lucro, diante da grave crise financeira mundial.

A prisão de Lula é uma continuidade do golpe. Executada em tempo recorde, seu caráter político ficou ainda mais evidente no domingo, 08 de julho, quando uma liminar que ordenava a sua liberdade foi negada após a interferência de Sérgio Moro, de férias em Portugal.

A prisão é uma intervenção direta no processo eleitoral, para afastar o candidato líder das pesquisas. Os grandes empresários, banqueiros e latifundiários não permitirão um possível governo Lula que, ainda que mantenha a estratégia de um governo de colaboração de classes, poderia modificar a atual agenda econômica. Deram um golpe para ter um governo diretamente seu, comprometido com um agenda de desmonte completo dos direitos sociais.

Para garantir essa agenda, as poucas liberdades democráticas estão sendo atropeladas, junto ao crescimento de uma pauta conservadora, do neofascismo e da judicialização da política. Os traços autoritários vão se ampliando, em um país que tem o segundo estado sob intervenção militar federal, que vive o extermínio de negros e negras nas periferias e ainda sem respostas pela execução de Marielle Franco e Anderson.

Bolsonaro, ainda que enfrente dificuldades para ampliar sua candidatura, segue destilando ódio, defendendo o massacre de sem-terras e ensinando crianças a reproduzir seus símbolos de guerra.

A mensagem do principal líder da extrema direita ecoa. Na principal praça de Minas Gerais, bandos atacam uma parlamentar petista. No Rio de Janeiro, neofascistas tentam intimidar o senador Lindbergh Farias (PT). Em Brasília, ameaças fazem com que a professora Débora Diniz, uma das principais vozes em defesa da legalização do aborto, tenha que deixar a UnB para se proteger.

O Judiciário segue em seu papel de polícia política, como na recente decisão contra os 23 ativistas do Rio de Janeiro. A Polícia Federal intima um professor da UFSC, que ousou criticar o abuso cometido contra o ex-reitor da universidade. Projetos do Escola Sem Partido avançam nas Câmaras de Vereadores enquanto aumentam os casos de perseguições aos professores.

Voto Boulos, quero Lula Livre!

Neste sábado (28), será realizado o Festival Lula Livre, no Rio de Janeiro. Serão 10 horas de música, com mais de 40 artistas e grupos, exigindo a liberdade do ex-presidente. Trata-se de uma importante iniciativa, em meio à falta de respostas e de uma campanha contundente contra a prisão.

Estaremos no festival, exigindo a libertação de Lula e defendendo o direito dele ser candidato. O fato de termos sido oposição de esquerda aos governos petistas e seguirmos não apoiando o projeto político da direção do PT de governar em aliança com setores da direita, não nos impede de ter uma posição contrária a essa prisão política e autoritária.

A frente única não pode se confundir com alternativa eleitoral. Estamos com a pré-candidatura Boulos e Guajajara, em uma frente política formada pelo PSOL, PCB, MTST e APIB. Não temos acordo com o programa e o projeto da direção do PT e tampouco com a pressão para a unidade das esquerdas em uma só candidatura. Mas isso não nos impede de levantarmos bem alto a bandeira do Lula Livre e participarmos do Festival, assim como estivemos na vigília em São Bernardo do Campo.

A unidade em torno do festival pode ser um primeiro passo para a construção de uma frente única. Precisamos unir forças em defesa das liberdades democráticas, contra o avanço do neofascismo e em defesa dos direitos sociais que tenha como passos seguintes a construção e a convocação do dia 10 de agosto, Dia Nacional de Luta das Centrais Sindicais, e a mobilização durante o julgamento da ação movida pelo PSOL no STF sobre o aborto, que será julgada entre 05 e 07 de agosto, em Brasília.

Deixar de defender o Lula Livre por conta do balanço dos governos petistas é não entender o significado desta prisão para todos nós. Não se trata só de um ataque à Lula, assim como a perseguição aos ativistas do Rio não é um ataque só aos 23. É contra todos os que lutam. Este é o tamanho da responsabilidade colocada para todos nós.

Esquerda Online

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