O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) receberá a mostra “Mulheres em Cena”, que acontece de 21/09 a 10/10, em São Paulo, e de 21/09 a 03/10, no Rio de Janeiro. O evento exibirá 18 longas de diretoras latino-americanas e tem como objetivo discutir o papel da mulher na indústria audiovisual.
Com curadoria das cineastas Andrea Armentano e da argentina Sofia Torre, o evento, além de promover um intercâmbio cultural entre os países latino-americanos, traz o cinema sob a perspectiva do olhar feminino.
“As cineastas selecionadas para a mostra pertencem a mesma geração, o que proporciona um diálogo entre seus trabalhos. Seus filmes lidam com temas como a diversidade sexual, a discriminação da mulher, devoção religiosa, contextos políticos e sociais, possibilitando uma visão ampla da realidade latino-americana por parte do espectador”, observam.
A mostra “Mulheres em Cena” vai reunir na programação filmes de grandes diretoras, como a argentina Lucrecia Martel, a peruana Claudia Llosa, a venezuela Mariana Rondón, a paraguaia Paz Encina, a chilena Marialy Rivas e as brasileiras Anna Muylaert, Tata Amaral, Laís Bodanzky e Lúcia Murat.
Entre os títulos estão “Jovem Aloucada” de Marialy Rivas, “Hamaca Paraguaya” de Paz Encina, “Postais de Leningrado” de Mariana Rondón, “Madeinusa” de Claudia Llosa, “A Mulher sem cabeça” de Lucrecia Martel e “Mãe Só Há Uma” de Anna Muylaert.
Para completar a programação, a mostra também promoverá mesas de debates entre as cineastas convidadas e profissionais mulheres do audiovisual, proporcionando um diálogo aberto com o público a respeito do posicionamento da mulher neste mercado.
Veja a Programação por dia do evento
21 de Setembro, quarta-feira
17h00 – Que Horas ela volta?
19h30 – Madeinusa
22 de Setembro, quinta-feira
17h00 – Um Céu de Estrelas
19h30 – A Mulher Sem Cabeça
23 de Setembro, sexta-feira
17h00 – A Memória que me contam
19h30 – Curta-metragem: Blokes + longa Jovem Aloucada
24 de Setembro, sábado
14h00 – O Pântano
16h00 – Pelo Malo
18h00 – Trago Comigo
20h00 – Mãe só há uma
25 de Setembro, domingo
14h00 – curta-metragem: Cartão Vermelho + longa Bicho de Sete Cabeças
16h00 – Debate: “O posicionamento da mulher latino-americana no mercado audiovisual” com Magaly Solier, Laís Bodanzky e convidada.
18h00 – Quase Dois Irmãos
26 de Setembro, segunda-feira
17h00 – Hamaca Paraguaya
28 de Setembro, quarta-feira
17h00 – Chega de Saudade
19h30 – A Teta Assustada
29 de Setembro, quinta-feira
17h00 – Mãe só há uma
19h30 – Postais de Leningrado
30 de Setembro, sexta-feira
17h00 – Quase Dois Irmãos
19h30 – Debate: “O posicionamento da mulher negra no mercado audiovisual”, com palestrantes a confirmar
01 de Outubro, sábado
14h00 – Chega de Saudade
16h00 – Hoje
18h00 – A Menina Santa
20h00 – Trago Comigo
02 de Outubro, domingo
14h00 – Curta: Blokes
Jovem Aloucada
16h00 – Debate: “O posicionamento da mulher latino-americana no mercado audiovisual” com Marialy Rivas, Paz Encina e convidada.
18h00 – Um Céu de Estrelas
03 de Outubro, segunda-feira
17h00 – Mãe só há uma
19h30 – Madeinusa
05 de Outubro, quarta-feira
17h00 – Que Horas Ela Volta?
19h30 – Debate: “O posicionamento da mulher latino-americana no mercado audiovisual” com Lucrecia Martel, Anna Muylaert (a confirmar) e convidada.
06 de Outubro, quinta-feira
17h00 – Trago Comigo
19h30 – A Menina Santa
07 de Outubro, sexta-feira
17h00 – Pelo Malo
19h30 – Debate: “O posicionamento da mulher latino-americana no mercado audiovisual” com Mariana Rondón, Tata Amaral e convidada.
08 de Outubro, sábado
14h00 – curta-metragem: Cartão Vermelho
Bicho de Sete Cabeças
16h00 – Hoje
18h00 – A Mulher Sem Cabeça
20h00 – Jovem Aloucada
09 de Outubro, domingo
14h00 – Postais de Leningrado
16h00 – A Teta Assustada
18h00 – A Memória que me contam
10 de Outubro, segunda-feira
17h00 – O Pântano
19h30 – Hamaca Paraguaya
Serviço:
MOSTRA “MULHERES EM CENA”
21 de setembro a 10 de outubro
Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo – Cinema (70 lugares)
Rua Álvares Penteado 112, Centro – São Paulo (próximo às estações do metrô Sé e São Bento)
Telefone: (11) 3113.3651/52
Funcionamento: quarta a segunda, das 9h às 21h
Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)
Publicado en Revista Forum
Notas sobre el tema
MULHERES DO CINEMA LATINO-AMERICANO SE REÚNEM EM SÃO PAULO
As cineastas hispano-americanas Lucrécia Martel (Argentina), Mariana Rondón (Venezuela), Paz Encina (Paraguai), Marialy Rivas (Chile) e a atriz Magaly Solier, representando Claudia Llosa, do Peru, se somarão às brasileiras Lúcia Murat, Tata Amaral, Laís Bodanzky e Anna Muylaert para, a partir desta quarta-feira, 21 de setembro, até 10 de outubro, mostrar seus filmes e participar de ciclo de debates cujo tema principal é “O Posicionamento da Mulher Latino-Americana no Mercado Audiovisual”.
A Mostra Mulheres em Cena, que tem curadoria da brasileira Andrea Armentano e da argentina Sofia Torre, acontecerá no Centro Cultural Banco do Brasil, no centro de São Paulo, e apresentará 18 longas que se destacaram em seus países de origem e tiveram repercussão em festivais internacionais. Muitos deles foram lançados comercialmente em países europeus e tiveram público significativo no circuito de arte.
O pesquisador Luiz Felipe Miranda, autor do “Dicionário de Cineastas Brasileiros” e organizador (com Fernão Ramos) da “Enciclopédia do Cinema Brasileiro” comprova, com dados, a efervescência contemporânea da produção feminina em nosso audiovisual. Ele lembra que, ao lançar seu “Dicionário”, em 1990, “contávamos com apenas 35 cineastas mulheres”. Três delas, Maria Helena Saldanha, Anna Penido e Helena Salem, não ganharam verbetes, as outras 32, sim”. Naquele tempo – relembra – “não havia internet. Tudo era feito no muque, pesquisando fichas dispersas em várias instituições (bibliotecas, cinematecas, museus, arquivos, centros culturais e na Embrafilme)”.
Hoje, com a ampla difusão do audiovisual brasileiro no espaço digital, as pesquisas de Miranda ganharam alcance infinitamente maior. Ele calcula que “estejamos chegando ao número de 300 realizadoras (num universo de dois mil cineastas) com pelo menos um longa-metragem em suas filmografias”.
O pesquisador faz, porém, preocupante constatação: se a produção feminina vive momento animador, o mesmo não se passa na produção de diretores afro-brasileiros. “Um dado triste nos chega quando consultamos o belíssimo livro ‘O Negro Brasileiro e o Cinema’, de João Carlos Rodrigues, lançado em 1988, reeditado em 2001 e 2014”. Mesmo, “com todo esforço do talentoso pesquisador” e de algumas políticas públicas para o segmento, o número de realizadores e realizadoras negros não aumenta.
“Creio” – calcula Miranda – “que ainda não chegamos ao número de 20 diretores. No meu livro, coloquei todos que encontrei, mas são muito poucos”. A mostra Mulheres em Cena vai debater, também, o tema “O Posicionamento da Mulher Negra no Mercado Audiovisual” (sexta-feira, 30 de setembro).
Cinema no feminino
No Brasil, a cineasta Anna Muylaert viveu, nos dois últimos anos, o ponto máximo de sua carreira. Viu dois de seus filmes – “Que Horas Ela Volta?” e “Mãe Só Há Uma” – serem exibidos no Festival de Berlim e fazerem carreira significativa nos cinemas. O primeiro, protagonizado por Regina Casé, vendeu 500 mil ingressos no mercado interno e foi vendido para vários países. “Mãe Só Há Uma” teve alcance de público bem menor (35 mil espectadores), mas conquistou o Teddy Bear, o urso “gay”, em Berlim, e chegou a alguns mercados europeus.
Na Argentina, Lucrécia Martel, que terá dois de seus filmes exibidos na mostra (o seminal “O Pântano” e o inquietante “A Mulher sem Cabeça”) segue em alta. Ela acaba de filmar “Zama”, coprodução entre seu país e o Brasil, com Matheus Nachtergaele no papel de antagonista. A parte brasileira do filme, traz o crédito de Vânia Catani, da Bananeira Filmes, uma de nossas profissionais mais interessadas no intercâmbio audiovisual com países da América Hispânica.
Do Peru, a mostra Mulheres em Cena recebe a atriz Magaly Solier, que representará a cineasta Claudia Llosa, prima do escritor Maria Vargas Llosa e vencedora do Urso de Ouro em Berlim com “A Teta Assustada”. O filme, que tem Magaly como protagonista absoluta, foi lançado comercialmente no Brasil, fato raro para uma produção peruana.
A atriz aproveitará sua passagem por São Paulo para lançar seu novo filme, “A Passageira” (“Magallanes”). Nele, ela divide o protagonismo com o ator mexicano Damián Alcázar. “A Passageira” tem direção do ator Salvador del Solar, intérprete do militar Pantaleão de “Pantaleão e as Visitadoras”, um dos maiores sucessos da história do cinema peruano (Francisco Lombardi, 2000). Outro filme de Claudia será exibido na mostra brasileira: “Madeinusa” (como se vê, o nome da personagem vem de “made in USA”, marca que define a origem de uma infinidade de produtos exportados pelos Estados Unidos da América).
A venezuelana Mariana Rondón tem duas joias em sua filmografia: “Postais de Leningrado”, que venceu o Cine Ceará, e “Pelo Malo”, lançado com sucesso no Brasil pela Esfera, a mesma distribuidora de “A Passageira”.
A paraguaia Paz Encina ganhou prestígio internacional com “Hamaca Paraguaya”, programado pela mostra. Em clima de realismo poético, ela constrói narrativa rarefeita, recomendada a quem gosta de filmes mais contemplativos. Já a chilena Marialy Rivas prefere o mundo contemporâneo e pop (seu “Jovem e Aloucada” foi lançado comercialmente no circuito de arte brasileiro).
Há que se lamentar, na mostra, a ausência da uruguaia (radicada na Bélgica) Beatriz Flores, diretora de “En la Puta Vida”, o maior blockbuster da história do cinema de nosso vizinho platino. O filme vendeu 150 mil ingressos (num país de apenas 3 milhões de habitantes). Para se ter ideia do peso deste dado, há que se lembrar que o segundo filme uruguaio mais visto foi “O Banheiro do Papa”, de Enrique Fernández e César Charlone, com 80 mil espectadores.
A representação brasileira, em Mulheres em Cena, tem quatro nomes de ponta: Anna Muylaert, Tata Amaral, Laís Bodanzky e Lúcia Murat. A mostra ganharia ainda mais peso se Flávia Castro representasse a vertente documental de nosso cinema, com “Diário de uma Busca”. Até porque ela representou o Brasil (junto com Eryk Castro) em significativo filme pan-americano, o longa em episódios “A Aula Vazia” (do qual Lucrécia Martel também participa). Como a curadoria pautou-se por “recorte geracional”, ficaram de fora as veteranas Suzana Amaral, Ana Carolina, Tizuka Yamasaki e Helena Solberg.
Debates com o público
Para completar a programação, a mostra também promoverá mesas de debates entre as cineastas convidadas e profissionais- mulheres do audiovisual, buscando diálogo aberto com o público a respeito do posicionamento da mulher no mercado audiovisual.
As curadoras Andrea Armentano e Sofia Torre lembram que a mostra Mulheres em Cena, além de “promover intercâmbio cultural entre os países latino-americanos”, dá destaque ao cinema sob a perspectiva do olhar feminino. “As cineastas selecionadas para a mostra pertencem à mesma geração”, circunstância que “proporciona um diálogo entre seus trabalhos”.
E destacam a riqueza temática dos filmes selecionados. “As realizadoras lidam com assuntos como a diversidade sexual, a discriminação da mulher, devoção religiosa, contextos políticos e sociais”. Por isto, “permitem ao espectador ampla e complexa visão da realidade latino-americana”.
A programação completa da mostra pode ser conferida no site www.bb.com.br/cultura.
Mostra Mulheres em Cena
Data: 21 de setembro a 10 de outubro
Local: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo – Cinema (70 lugares) – Rua Álvares Penteado 112, Centro – São Paulo (próximo às estações do metrô Sé e São Bento) – (11) 3113.3651/52
Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)
Acesso e facilidades para deficientes físicos, Cafeteria Cafezal
Estacionamento conveniado: Estapar (Rua Santo Amaro, 272 – R$ 15,00 pelo período de 5 horas). Necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB. Transporte gratuito até as proximidades do CCBB – embarque e desembarque na Rua Santo Amaro, 272 e na Rua da Quitanda, nas proximidades do CCBB. No trajeto de volta: parada no Metrô República.
Por Maria do Rosário Caetano
Publicado en RevistaDeCinema
MULHERES EM CENA
SAIBA MAIS sobre o filme
Exibição de filmes dirigidos por mulheres latino-americanas de uma geração que lutou por muitos anos para conseguir um lugar de destaque tanto no mercado nacional como no internacional. A mostra reúne representantes do Brasil, Argentina, Chile, Paraguai, Venezuela e Peru, compondo uma cinematografia sob a perspectiva do olhar feminino, cujos filmes lidam com temas como a diversidade sexual, a discriminação da mulher e contextos políticos e sociais.
Programação
21/09 – QUARTA
17:00 – Quase Dois Irmãos, de Lucia Murat
Nos anos 70, quando o país vivia sob a ditadura militar, muitos presos políticos foram levados para a penitenciária da Ilha Grande, na costa do Rio de Janeiro. Da mesma forma como os políticos, assaltantes de bancos também estavam submetidos à Lei de Segurança Nacional. Ambos cumpriam pena na mesma galeria. O encontro entre esses dois mundos é parte importante da história da violência que o país enfrenta hoje. Quase Dois Irmãos mostra como essa relação se desenvolveu e o conflito estabelecido entre eles. Entre o conflito e o aprendizado, nasceu o Comando Vermelho, que mais tarde passou a dominar o tráfico de drogas do Rio de Janeiro.
(Brasil – 35mm, 102 min, COR, 2005, 16 anos)
19:00 – Hoje, de Tata Amaral
Uma ex-ativista política recebe uma compensação financeira pelo desaparecimento do seu marido durante a ditadura militar. Durante sua mudança, um estranho visitante a obrigada a rever sua história.
(Brasil – 35mm, 82 min, COR, 2011,12 anos)
22/09 – QUINTA
17:00 – A TETA ASSUSTADA, de Claudia Llosa
Fausta padece de uma doença rara conhecida nos Andes como “a teta assustada”. Segundo mitos locais, se trata de uma patologia de filhos e filhas de mulheres abusadas e maltratadas durante a gravidez.
(La Teta Asustada – Peru – 35mm, 95 min, COR, 2009, 12 anos)
19:00 – Debate: “O posicionamento da mulher latino-americana no mercado audiovisual” comLúcia Murat, Magaly Solier e Karla Holanda.
23/09 – SEXTA
17:00 – TRAGO COMIGO, de Tata Amaral
Telmo, um diretor de teatro aposentado, foi membro da luta armada durante a ditadura militar e chegou a ser preso por seis meses por conta disso. Porém, ele não consegue se lembrar de nada desse período, além de alguns lapsos momentâneos. Para tentar reativar sua memória e descobrir o que aconteceu, ele decide criar uma peça de teatro. Contando com um jovem elenco de atores, Telmo vai reconstruir a sua própria história.
(Brasil – Blu-Ray, 88 min, COR, 2016, 12 anos)
19:00 – POSTAIS DE LENINGRADO, de Mariana Rondón
A trama traz as lembranças de uma menina, filha de guerrilheiros nos anos 60 de uma forma um pouco autobiográfica e poética.
(Postales de Leningrado – Venezuela – 35mm, 90 min, COR, 2007, 14 anos)
24/09 – SÁBADO
14:00- MÃE SÓ HÁ UMA, de Anna Muylaert
Um jovem vive todas as alegrias, desventuras e inseguranças típicas da adolescência. Mas ele ainda sente um grande sofrimento por não se identificar com o corpo que tem. Tudo só piora quando descobre que ele foi roubado da maternidade e precisa se adaptar à sua nova família
(Brasil – Blu-Ray, 82 min, COR, 2016, 16 anos)
16:00 – UM CÉU DE ESTRELAS, de Tata Amaral
Dalva ganha uma passagem para Miami e vê sua chance de mudar de vida. Enquanto se prepara para partir, pensa em como contar a separação ao violento marido.
(Brasil – DVD, 70 min, COR, 1997, 16 anos)
18:00 – BLOKES, de Marialy Rivas
Santiago do Chile, 1986. Luchito, um rapaz de 13 anos, masturba-se ao espiar obsessivamente o vizinho de 16 anos, Manuel, pela janela do prédio em frente. Inconsciente do olhar do seu precoce voyeur, Manuel descobre a sexualidade com uma garota do bairro. A janela torna-se um mundo cinematográfico que despertará em Luchito uma curiosidade cujas repercussões são desastrosas para Manuel.
(Chile – Blu-Ray, 15 min, COR, 2010, 14 anos)
JOVEM ALOUCADA, de Marialy Rivas
A história do despertar sexual de uma adolescente bissexual, que se permite através do anonimato virtual negar as regras familiares e expressar livremente sua sexualidade encoberta por uma restrita educação evangélica.
(Joven y Alocada – Chile – Blu-Ray, 96 min, COR, 2012, 18 anos)
25/09 – DOMINGO
14:00 – A MENINA SANTA, de Lucrecia Martel
Em uma cidade da província, um grupo de adolescentes místicas se preocupam com seu papel no plano divino. Um prestigioso médico abusa de uma das adolescentes. O consolidado mundo do médico desmorona diante da missão sagrada dessa menina.
(La Niña Santa – Argentina – 35mm, 106 min, COR, 2004, 14 anos)
16:00 – MADEINUSA, de Claudia Llosa
Uma peculiar Semana Santa de um povoado nas montanhas do Peru. Tudo está permitido, desde a Sexta-feira Santa até o Domingo de Páscoa. Os habitantes acreditam que Deus estando morto não pode ver seus pecados.
(Peru – 35mm, 100 min, COR, 2006, 16 anos)
18:00 – CHEGA DE SAUDADE, de Laís Bodanzky
O filme se passa num baile em um clube de dança de São Paulo. Desde quando o salão abre suas portas, pela manhã, até seu fechamento, pouco após a meia-noite, diversos personagens rodeiam o local.
(Brasil – 35mm, 115 min, COR, 2007, 12 anos)
26/09 – SEGUNDA
17:00 – A MULHER SEM CABEÇA, de Lucrecia Martel
Uma mulher atropela algo desconhecido e não desce do carro para ver se foi um animal ou uma pessoa, se está ferido ou morto. A incerteza a desconecta cada vez mais da realidade que a rodeia.
(La Mujer Sin Cabeza – Argentina – 35mm, 87 min, COR, 2007, 12 anos)
19:00 – Debate: “O posicionamento da mulher negra no mercado audiovisual” com Adelia Sampaio, Sabrina Fidalgo e Nina Tedesco.
28/09 – QUARTA
17:00 – CARTÃO VERMELHO, de Laís Bodanzky
Fernanda gosta de jogar futebol com os meninos. Joga bem, dribla, faz gol. Mas, para essa moleca de 12 anos, o apogeu de sua intimidade com a bola é fazê-la voar reta, direta, até o saco dos meninos. Então, ela sorri. Certo dia, ela chega correndo para o bate-bola, atrasada, mas não encontra ninguém. Os meninos estão no esconderijo. Fernanda sabe onde é, mas nem imagina o que eles tramam.
(Brasil – DVD, 14 min, COR, 1994, livre)
BICHO DE SETE CABEÇAS, de Laís Bodanzky
Neto é mandado por seu pai a um hospital psiquiátrico depois de encontrar maconha em seu bolso. Dentro do hospício, ele conhece uma realidade desumana, onde os pacientes são devorados por uma instituição corrupta e cruel.
(Brasil – 35mm, 85 min, COR, 2001, 14 anos)
19:00- PELO MALO, de Mariana Rondón
O cabelo de um menino de 9 anos cresce cada vez mais crespo. Preocupado em alisá-lo para a foto da escola, termina se tornando sua obsessão. O que faz sua mãe pensar em sua possível homossexualidade
(Venezuela – 35mm, 95 min, COR, 2013, 14 anos)
29/09 QUINTA
17:00 – BLOKES, de Marialy Rivas
Santiago do Chile, 1986. Luchito, um rapaz de 13 anos, masturba-se ao espiar obsessivamente o vizinho de 16 anos, Manuel, pela janela do prédio em frente. Inconsciente do olhar do seu precoce voyeur, Manuel descobre a sexualidade com uma garota do bairro. A janela torna-se um mundo cinematográfico que despertará em Luchito uma curiosidade cujas repercussões são desastrosas para Manuel.
(Chile – Blu-Ray, 15 min, COR, 2010, 14 anos)
JOVEM ALOUCADA, de Marialy Rivas
A história do despertar sexual de uma adolescente bissexual, que se permite através do anonimato virtual negar as regras familiares e expressar livremente sua sexualidade encoberta por uma restrita educação evangélica.
(Joven y Alocada – Chile – Blu-Ray, 96 min, COR, 2012, 18 anos)
19:00 – Debate – “O posicionamento da mulher latino-americana no mercado audiovisual” comMarialy Rivas, Laís Bodanzky e convidada.
30/09 – SEXTA
17:00 – TRAGO COMIGO, de Tata Amaral
Telmo, um diretor de teatro aposentado, foi membro da luta armada durante a ditadura militar e chegou a ser preso por seis meses por conta disso. Porém, ele não consegue se lembrar de nada desse período, além de alguns lapsos momentâneos. Para tentar reativar sua memória e descobrir o que aconteceu, ele decide criar uma peça de teatro. Contando com um jovem elenco de atores, Telmo vai reconstruir a sua própria história.
(Brasil – Blu-Ray, 88 min, COR, 2016, 12 anos)
19:00 – QUE HORAS ELA VOLTA?, de Anna Muylaert
Val, uma mulher de Pernambuco, vai para São Paulo deixando para trás sua filha Jéssica com o avô. Em São Paulo, Val encontra um emprego como babá e depois de empregada doméstica em uma casa de família de classe média alta. Treze anos depois sua filha decide ir a São Paulo. Uma segunda chance para um melhor relacionamento entre as duas.
(Brasil – Blu-Ray, 114 min, COR, 2015, 12 anos)
01/10 – SÁBADO
14:00- HAMACA PARAGUAYA, de Paz Encina
Situado em 1935, um casal de idade de camponeses espera pelo retorno de seu filho, pela chuva e por dias melhores.
(Paraguai – 35mm, 78 min, COR, 2006, Livre)
16:00 – Debate: “O posicionamento da mulher latino-americana no mercado audiovisual” comPaz Encina, Vania Catani e convidada.
18:00 –A MEMÓRIA QUE ME CONTAM, de Lucia Murat
A ex-guerrilheira Ana, ícone do movimento de esquerda, é o último elo entre um grupo de amigos que resistiu à ditadura militar no Brasil. Com a iminente morte da amiga, eles se reencontram na sala de espera de um hospital. Entre eles está Irene, uma diretora de cinema que sente-se perdida diante da iminente morte da amiga e que precisa ainda lidar com a inesperada prisão de Paolo, seu marido, acusado de ter matado duas pessoas em um atentado terrorista ocorrido décadas atrás na Itália.
(Brasil – 35mm, 95 min, COR, 2012, 14 anos)
02/10 – DOMINGO
14:00 – MÃE SÓ HÁ UMA, de Anna Muylaert
Um jovem vive todas as alegrias, desventuras e inseguranças típicas da adolescência. Mas ele ainda sente um grande sofrimento por não se identificar com o corpo que tem. Tudo só piora quando descobre que ele foi roubado da maternidade e precisa se adaptar à sua nova família.
(Brasil – Blu-Ray, 82 min, COR, 2016, 16 anos)
16:00 – A TETA ASSUSTADA, de Claudia Llosa
Fausta padece de uma doença rara conhecida nos Andes como “a teta assustada”. Segundo mitos locais, se trata de uma patologia de filhos e filhas de mulheres abusadas e maltratadas durante a gravidez.
(La Teta Asustada – Peru – 35mm, 95 min, COR, 2009, 12 anos)
18:00 – UM CÉU DE ESTRELAS, de Tata Amaral
Dalva ganha uma passagem para Miami e vê sua chance de mudar de vida. Enquanto se prepara para partir, pensa em como contar a separação ao violento marido.
(Brasil – DVD, 70 min, COR, 1997, 16 anos)
03/10 – SEGUNDA
17:00 – O PÂNTANO, de Lucrecia Martel
Duas famílias, uma de classe média urbana e outra de produtores rurais em decadência, se entrecruzam no torpor provinciano de uma Salta caótica e imutável, onde nada acontece, mas tudo está a ponto de explodir.
(La Ciénaga – Argentina – 35mm, 100 min, COR, 2000, 14 anos)
19:00 – Debate: “O posicionamento da mulher latino-americana no mercado audiovisual” comLucrecia Martel, Mariana Rondón e convidada.