El funk no es crimen

1.420

O rap e o funk marcam presença na programação cultural da cidade de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, durante o mês de agosto. A iniciativa é de grupos culturais que pretendem apresentar uma visão positiva de trabalhos desenvolvidos por artistas da região.

“Além de promover a cultura da periferia, queremos arrecadar itens que vão ajudar famílias que hoje estão vivendo nas ruas da cidade. Em julho fizemos uma primeira edição, chamada Batalha contra o Frio, em que conseguimos roupas e alimentos que ajudaram muitas pessoas”, conta Fabiano Sousa, também conhecido como o rapper CHK, produtor cultural e coordenador do projeto SLV Maloka 034.

Contra a criminalização da cultura da periferia

Por sugestão de um empresário paulistano, chegou ao Senado, em junho deste ano, uma proposta que pretende transformar o funk em “crime de saúde” contra crianças e adolescentes. A ideia não foi bem recebida por grande parte dos grupos culturais das periferias de várias cidades brasileiras.

Nas redes sociais, a hashtag #FunkNãoÉCrime atingiu ampla repercussão, chegando a ser postada por artistas com projeção nacional. A cantora Anitta, em sua conta no Twitter, afirmou que os autores da proposta deveriam “conhecer melhor a realidade das áreas menos nobres do país” e que o funk gera emprego e renda.

Desde junho, quando foi divulgada a proposta, foram organizadas diversas atividades contra a criminalização do funk. Para o rapper CHK, o objetivo é “quebrar essa imagem que se tem de que o funk seria algo criminoso”. Segundo o produtor cultural, há um grande preconceito contra as culturas das periferias urbanas e os eventos viriam para mostrar uma outra perspectiva não apenas do funk, mas também do rap.

Também organizador das atividades, o rapper e microempresário Maxwel Roberto acredita que é preciso considerar que o funk e o rap movimentam o mercado fonográfico das periferias: “Conheço muitos MC’s, DJ’s e donos de produtoras da cidade que têm a música como seu principal meio de sustento”, argumenta.

Os eventos ocorrem no final de semana, nos dias 12 e 13 de agosto, em dois locais. O primeiro evento acontece no sábado (12), em um clube da maior ocupação urbana da cidade, o Bairro Elisson Prieto, também conhecido como Glória, com destaque para o funk. A atividade é uma iniciativa da DJ Produções e tem a SLV Maloka e a EternaMente Produções como parceiras.

Já no domingo (13) acontece a Batalha contra a Fome, que reunirá MC’s, DJ’s, dançarinos e skatistas no centro da cidade. O evento contará com premiações e dá continuidade à atividade ocorrida em julho, que arrecadou roupas e cobertores para a população em situação de rua da cidade.

Serviço

Funk solidário

Quando: 12/8 (sábado) –  a partir das 16h

Onde: Buscapé Show – Bairro Glória

Entrada: R$5,00 + 1Kg de alimento não perecível

Batalha contra a fome

Quando: 13/8 (domingo) – 15h às 22h

Onde: Teatro de Arena da Praça Sérgio Pacheco (Redondo)

Entrada franca. Coleta de alimentos e agasalhos no local.

Publicado en Brasildefato

Brasil analiza “criminalizar” el baile funk

El músico de samba Joao da Baina tenía problemas con la Policía cuando andaba con sus panderetas  por las calle de Río de Janeiro en el inicio del siglo XX. En aquella época tocar música samba era sinónimo de crimen.
Casi cien años después, el Senado brasileño analiza una propuesta que puede criminalizar otro ritmo musical brasileño, el funk. La propuesta fue enviada en enero pasado por Marcelo Alonso, un diseñador de páginas web de 47 años, vecino de un barrio en la zona norte de Sao Paulo. La propuesta tuvo 21.985 firmas de apoyo ciudadano.
La propuesta dice en uno de sus párrafos: «Es un hecho que es de conocimiento de los brasileños que (el funk) es difundido inclusive por diversos medios de comunicación e internet con contenidos podridos (sic). Alertamos a la población sobre el poder público del crimen contra los niños, adolescentes y la familia. Crimen de salud pública de esta ‘falsa cultura’ denominada funk”.
El proyecto de ley quedó en manos del senador y exfutbolista Romario Faria.
El Congreso brasileño  permite que ideas de  ciudadanos se vuelvan proyectos de ley si consiguen 20.000 firmas de apoyo en cuatro meses.
Publicado en PáginaSiete
También podría gustarte