Un trío notable de la música de Brasil se reúne para homenajear a María Bethania

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Um trio especial na homenagem a Bethânia, nesta quarta, no Prêmio da Música Brasileira

Além de se apresentar no evento, a cantora baiana terá hits lembrados por Adriana Calcanhotto, Chico César e Arnaldo Antunes

Sentado num sofá num estúdio no Cosme Velho, num dos ensaios para o Prêmio da Música Brasileira, cuja cerimônia acontece hoje, às 21h, no Teatro Municipal, Chico César mostra a tala no antebraço esquerdo, resultado de uma fratura acontecida há duas semanas.

— Caí de bicicleta e quebrei o antebraço. E o mais irônico foi que derrapei em cima de uma chapa de raio X que estava jogada na rua — conta ele, que mesmo assim vai se apresentar na 26ª edição do prêmio, que homenageia Maria Bethânia, ao lado de Adriana Calcanhoto e Arnaldo Antunes. — Vou interpretar “Estado de poesia”, que Bethânia gravou em 2012,. Acho que a letra dessa música diz muito sobre ela, que ilumina a música brasileira há tanto tempo.

Além de “Estado de poesia”, o inédito trio vai interpretar “Lua vermelha”, de Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown, e “Âmbar”, de Adriana Calcanhoto, também gravadas por Bethânia.

— É uma honra participar dessa homenagem com “Lua vermelha”, que Bethânia gravou em 1996, no disco “Âmbar” e eu dei minha própria versão dez anos depois, em “Qualquer” — diz Antunes.

Adriana Calcanhoto vai participar da homenagem com outra canção de “Âmbar”, a faixa-título, que ela compôs especialmente para Bethânia (”Tá tudo brilhando em mim/Tudo ligado/Como se eu fosse um morro iluminado/Por um âmbar elétrico/Que vazasse dos prédios/E banhasse a Lagoa até São Conrado”) e vai interpretar pela primeira vez ao vivo na cerimônia.

— Quando eu lembrava que estava compondo para a Bethânia, ficava tensa e parava toda hora. E naquela época, estava completamente encantada com a iluminação do Túnel Dois Irmãos, aquela pedra iluminada em âmbar, refletida na Lagoa — explica Adriana. — A iluminação não vingou, por questões ambientais, mas deu essa força poética à letra. Quis que aquela beleza e aquela eletricidade de alguma forma chegasse a Bethânia. Vai ser interessante cantar essa música, que nem sinto mais como sendo minha e sim como dela.

Com direção geral de José Maurício Machline, e musical de Cristóvão Bastos, a cerimônia terá a participação da homenageada, no início e no encerramento, e também promoverá outros encontros como Alcione e Johnny Hooker (com “Negue” e “Lama”) e Nana e Dori Caymmi (num dueto em “Pra dizer adeus”). Além deles, vão acontecer apresentações de Caetano Veloso (com “É de manhã”), Zélia Duncan (com “Rosa dos ventos”), Lenine (com um medley de “Pau de arara”e “Último pau de arara”), Mônica Salmaso (com trechos do CD “Brasileirinho”), Mariene de Castro (com um pot-pourri de “Paiol de ouro”, “Cabocla Jurema”, “Iansã” e “As Ayabás”) e Roque Ferreira e Fabiana Cozza (reunidos em “Santo Amaro”, “Imbelezô eu” e “Coroa do mar”.

Com direção de arte de Gringo Cardia, o prêmio tem nesta edição 106 indicados em 16 categorias, que passam por samba, rock, erudito, eletrônica, instrumental e infantil.

O Globo

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