Artistas brasileros y extranjeros en contra de la destitución de Dilma Rousseff

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Cerimônia de premiação do 44º Festival de Cinema de Gramado teve protestos contra impeachment

O 44º Festival de Cinema de Gramado se encerrou neste sábado com a cerimônia de premiação. Após uma hora de atraso, os apresentadores Leonardo Machado, Marla Martins e Renata Boldrini começaram a distribuição de Kikitos.

A noite teve protestos contra o impeachment de Dilma Rousseff. Paulo Tiefenthaler, que ganhou prêmio de melhor ator por O roubo da taça, bradou ao receber o Kikito:

– Fora, temer! Vamos tirar esse cupim da nossa casa!

Mais uma manifestação teve destaque. Na entrega do prêmio de melhor curta-metragem brasileiro, o diretor do vencedor Rosinha, Gui Campos, subiu ao palco acompanhado de sua equipe, que carregava faixas onde era possível ler «diretas já» e «resistir sempre». Ele convidou mais cineastas a engrossar o coro de «fora Temer».

– Nós aqui presentes nos pronunciamos contra o golpe e a favor da democracia brasileira – disse Gui Campos, recebendo forte aplauso.

Em um dos momentos mais emocionantes da noite, Domingos Oliveira convidou o público a contar até 80, em homenagem a seu aniversário de oito décadas, que se completam neste mês. O cineasta ganhou o Kikito de melhor diretor e melhor longa por Barata Ribeiro, 716.

Os maiores prêmios da foram para Rosinha (melhor curta-metragem brasileiro), Guaraní (longa-metragem estrangeiro) e Barata Ribeiro, 716 (longa-metragem brasileiro).

Entre os atores, além de Paulo Tiefenthaler, destacaram-se Emilio Barreto, do longa estrangeiro Guaraní; e Allan Souza Lima, do curta O que teria acontecido ou não naquela calma e misteriosa tarde de domingo no jardim zoológico.

Andréia Horta, do longa brasileiro Elis; Verónica Perrotta do longa estrangeiro Las toninas van al este; e Luciana Paes, do curta Aqueles cinco segundos, foram as melhores atrizes.

– Estou muito feliz de entregar Elis na terra dela, aqui no Sul – comemorou Andréia. – É tempo de luta, vamos juntos – afirmou no fim de seu discurso.

Publicado por ZH Cinema

 

Caetano Veloso, Chico Buarque, artistas e intelectuais brasileiros assinam manifesto contra afastamento de Dilma

Baseada nas palavras de Wagner Moura, uma carta em apoio à permanência de Dilma Rousseff na presidência da república foi divulgada neste domingo, 28, com adesão de diversos artistas, jornalistas e intelectuais brasileiros. No total, 41 nomes assinam o manifesto; dentre eles, os de Chico Buarque, Cateano Veloso, Dira Paes, Camila Pitanga e Paulo Betti.
O texto foi publicado em português e inglês e pontua que »o Brasil vive um dos momentos mais dramáticos de sua história com a proximidade da votação final sobre o impeachment da presidenta Dilma Rousseff». Com um apelo para que »senadores respeitem o resultado das eleições de 2014», a publicação argumenta que não houve crime de responsabilidade e por isso o impeachment se trata de uma manobra política.
»Os senadores que defendem o impeachment ficarão marcados na história por protagonizar o ataque mais cruel à nossa democracia desde o golpe militar de 1964. A história cobrará explicações, já que não existe base legal para justificar o impeachment», diz o material. O cantor Chico Buarque, já conhecido como apoiador de Rousseff, está em Brasília nesta segunda-feira, 29, para a votação do afastamento no Senado.
Na última quarta-feira, 24, artistas e intelectuais estrangeiros divulgaram um texto semelhante em que afirmam se solidarizarem com »colegas artistas e com todos aqueles que lutam por democracia e justiça no Brasil». Dentre as 22 pessoas que assinaram, estão o cineasta Oliver Stone, o ator e músico Viggo Mortensen e o ator e diretor Danny Glover.
Confira o manifesto dos brasileiros:
»Artistas e Intelectuais brasileiros pedem que senadores respeitem o resultado das eleições de 2014
O Brasil vive um dos momentos mais dramáticos de sua história, com a proximidade da votação final sobre o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
O mundo assiste com preocupação a essa ameaça à democracia, como no caso de nossos colegas do Reino Unido, Estados Unidos, Canada e Índia, que publicaram uma declaração alertando que o impeachment representaria ‘um ataque as instituições democráticas’, que levaria ao retrocesso econômico e social.
Os senadores que defendem o impeachment ficarão marcados na história por protagonizar o ataque mais cruel à nossa democracia desde o golpe militar de 1964. A história cobrará explicações, já que não existe base legal para justificar o impeachment.
De acordo com o Ministério Público Federal, a presidenta Dilma Rousseff não cometeu crime. Por isso, seu afastamento é claramente uma manobra política para tomada de poder sem a aprovação das urnas.
Esse ataque aos processos democráticos representa uma ameaça aos direitos humanos e levará o Brasil a uma situação de maior instabilidade política e desigualdade social e econômica.»
O ator Wagner Moura afirmou: «Estamos profundamente agradecidos por essas importantes palavras de apoio de nossos colegas na Grã-Bretanha, Estados Unidos, Canadá e Índia. Os políticos corruptos que lideram a articulação para depor Dilma têm de saber que há um holofote internacional iluminando suas ações. Se eles derem continuidade ao seu plano, serão lembrados pela história como os responsáveis pelo mais sinistro ataque à democracia desde o Golpe de 1964».
A manifestação de Wagner Moura contra o impedimento de Dilma recebeu adesões de:
1. Adair Rocha, professor
2. Aderbal Freire Filho, diretor teatral
3, Alice Ruiz, poeta
4. André Lázaro, professor
5.Augusto Sampaio, professor
6. Bete Mendes, atriz
7. Biel Rocha, militante de direitos humanos
8. Caetano Veloso, compositor e cantor
9. Camila Pitanga, atriz
10. Carla Marins, atriz
11. Cecília Boal, psicanalista
12. Cesar Kuzma, teólogo e professor
13. Célia Costa, historiadora e documentarista
14. Charles Fricks, ator
15. Chico Buarque, compositor e cantor
16. Clarisse Sette Troisgros, produtora
17. Cristina Pereira, atriz
18. Dira Paes, atriz
19. Dulce Pandolfi, cientista política
20. Eleny Guimarães-Teixeira, médica
21. Generosa de Oliveira Silva, socióloga
22. Gilberto Miranda, ator
23. Gaudêncio Frigotto – escritor e professor
24. Isaac Bernat, ator
25. José Sérgio Leite Lopes, antropólogo
26 Julia Barreto, produtora Julia Barreto
27. Jurandir Freire Costa, psicanalista e professor
28. Leonardo Vieira, ator
29. Leticia Sabatella, cantora e compositora
30. Luis Carlos Barreto, cineasta e produtor
31. Luiz Fernando Lobo, diretor artístico
32. Marco Luchesi, poeta e professor
33. Maria Luisa Mendonça, professora e jornalista
34. Marieta Severo, atriz
35. Paulo Betti, ator
36. Ricardo Rezende Figueira, padre e professor
37. Roberto Amaral, escritor
38. Sílvia Buarque, atriz
39. Tuca Moraes, atriz e produtora
40. Virginia Dirami Berriel, jornalista
41. Xico Teixeira, jornalista
Publicado en UAI

 Artistas e intelectuais estrangeiros lançam carta contra o impeachment de Dilma

Um grupo de artistas e intelectuais estrangeiros lançou, nesta quarta-feira, uma carta de protesto contra o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. No documento, os 22 signatários dizem apoiar todos os colegas artistas que «lutam pela democracia em todo o Brasil».

O cineasta Oliver Stone, o ator e diretor Danny Glover e o ator e músico Viggo Mortensen estão entre as personalidades que assinam o manifesto.

«A base jurídica para o impeachment em curso é amplamente questionável e existem evidências convincentes mostrando que os principais promotores da campanha do impeachment estão tentando remover a presidenta com o objetivo de parar investigações de corrupção nas quais eles próprios estão implicados», diz um trecho da nota.

Em outro momento, o comunicado faz fortes críticas ao ministério definido pelo presidente interino Michel Temer. Segundo a carta, a base montada por Temer não respeita a diversidade e nem a igualdade:

«Lamentamos que o governo interino no Brasil tenha substituído um ministério diversificado, dirigido pela primeira presidente mulher, por um ministério compostos por homens brancos, em um país onde a maioria se identifica como negros ou pardos», declara.

Por fim, o documento faz um apelo aos senadores que decidirão o futuro da presidente afastada nos próximos dias, pois ¿o processo eleitoral de 2014 precisa ser respeitado:

«Esperamos que os senadores brasileiros respeitem o processo eleitoral de 2014, quando mais de 100 milhões de pessoas votaram. O Brasil emergiu de uma ditadura há apenas 30 anos, e esses eventos podem atrasar o progresso do país em termos de inclusão social e econômica por décadas», finaliza.

Sanders denúncia «golpe» no Brasil

No início deste mês, o candidato derrotado na disputa pela candidatura do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos, o senador Bernie Sanders, afirmou que o processo de impeachment contra Dilma Rousseff «se assemelha a um golpe de Estado» e defendeu a realização de eleições antecipadas para solucionar a crise política brasileira.

«Depois de suspender a primeira presidente do Brasil com base em alegações duvidosas, o novo governo interino aboliu o Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos» diz um trecho da nota.

Sanders divulgou o comunicado duas semanas depois de um grupo de 40 deputados democratas ter enviado carta ao secretário de Estado, John Kerry, expressando preocupação com o processo de afastamento de Dilma.

Publicado en Zero Hora

Artistas estrangeiros se unem à campanha contra impeachment

Por Marcelo Ninio

Um grupo de artistas e intelectuais estrangeiros divulgou nesta quarta (24) uma carta de protesto contra o impeachment de Dilma Rousseff, unindo­se a outras iniciativas recentes nos EUA de apoio público à presidente afastada.

A lista dos 22 signatários reúne nomes como o ator Viggo Mortensen, de «O Senhor dos Anéis», o músico Brian Eno, o cantor Harry Belafonte e o cineasta Oliver Stone.

«Nos solidarizamos com nossos colegas artistas e com todos aqueles que lutam por democracia e justiça em todo o Brasil», diz a carta, redigida em inglês e português.

O texto afirma que a base jurídica para o afastamento de Dilma «é amplamente questionável» e que há «evidências convincentes» de que a principal motivação dos promotores do impeachment foi abafar investigações de corrupção nas quais estão envolvidos.

O abaixo­assinado segue outras manifestações semelhantes de repúdio ao impeachment de Dilma nos EUA, como a carta endossada em julho por 43 membros da Câmara dos Deputados e um comunicado do senador Bernie Sanders, no início do mês.

Sanders, que perdeu a candidatura presidencial democrata para Hillary Clinton após uma disputa acirrada, disse que o impeachment parece um «golpe de Estado» e pediu que o governo dos EUA se posicione contra o processo.

Em sua mensagem, os artistas apelam aos senadores que irão votar no julgamento do impeachment que respeitem o resultado da eleição presidencial de 2014 e alertam para os riscos regionais caso ele seja aprovado.

«Se este ataque contra suas instituições democráticas for bem sucedido, as ondas de choque negativas irão reverberar em toda a região», diz a carta, que também tem as assinaturas dos atores Susan Sarandon e Danny Glover, do linguista Noam Chomsky e da escritora Eve Ensler (autora de «Monólogos da Vagina»).

Os outros signatários são Tariq Ali (escritor), Alan Cumming (ator), Frances de la Tour (atriz), Deborah Eisenberg (escritora), Stephen Fry (ator), Daniel Hunt (cineasta), Naomi Klein (escritora), Ken Loach (cineasta), Tom Morello (músico), Michael Ondaatje (escritor), Arundhati Roy (escritora), John Sayles (diretor e roteirista), Wallace Shawn (ator) e Vivianne Westwood (estilista).

Ao mesmo tempo, um grupo de organizações nos EUA divulgou uma declaração no mesmo tom, na qual afirma que a democracia brasileira está «em grave risco». Entre as 44 organizações signatárias estão movimentos de classe, como a poderosa central sindical AFLCIO, que tem mais de 12 milhões de membros, e grupos sociais diversos.

«Em maio passado, o Congresso brasileiro orquestrou um golpe legislativo, afastando a presidenta Dilma Rousseff em meio a acusações forjadas de má gestão fiscal. Deputados e senadores usaram um discurso de ódio sexista, invocando crenças religiosas e até mesmo elogiado o torturador da presidenta Rousseff (durante o período em que foi presa na ditadura anterior) em sua campanha de difamação», diz a declaração.

Acrescenta que «de acordo com os movimentos sociais brasileiros», a violência contra manifestantes aumentou depois da posse do governo interino.

«Apelamos ao secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e ao governo Obama, para que defendam a democracia constitucional do Brasil, que se oponham à campanha de impeachment lançada contra a presidenta Dilma Rousseff, e que se recusem a reconhecer o governo ilegítimo de Temer», conclui.

Publicado Folha De S.Paulo

 

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