Bienal de Cine indígena

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Há quase três décadas, Ailton Krenak enfrentou a indiferença do Congresso Nacional à causa indígena pintando seu rosto de preto em discurso na tribuna. “Aquele jenipapo ficou colado no meu rosto por muito tempo”, avalia ele, de modo simbólico. “São gestos que se tornam maiores que a gente e precisei me afastar daquela máscara mantida para sempre na cabeça das pessoas. Foi como um exorcismo.”

Desde a Assembleia Constituinte, no entanto, o líder indígena de etnia que lhe dá o sobrenome nunca deixou de atuar pelos seus. A Aldeia SP – Bienal de Cinema Indígena por ele organizada é consequência direta da luta. Em sua segunda edição, entre 7 e 12 de outubro, o evento apresenta 57 filmes inéditos realizados por índios de diversas origens nas respectivas aldeias. São 22 títulos a mais em relação à primeira iniciativa.

O esforço de reunir imagens de temática variada, a partir de oficinas de cinema, chega em momento significativo. O recente 49º Festival de Cinema de Brasília apresentou quatro produções envolvidas em grande debate, entre elas Martírio, de Vincent Carelli, veterano da câmera voltada para os índios. Neste segundo documentário de uma trilogia iniciada porCorumbiara, o diretor reconstrói o painel trágico do povo Guarani-Kaiowá desde movimentos históricos como a Guerra do Paraguai até o recente governo de Dilma Rousseff. Está no filme o contexto político nas ações de Rondon, Getúlio Vargas e, sintomático, o protesto de Krenak.

Carelli, pioneiro no audiovisual com seu projeto Vídeo nas Aldeias, participa de debate no dia 7, às 16 horas, no Centro Cultural São Paulo, um dos endereços da mostra juntamente com as salas do circuito SP Cine. Além de Krenak estão o ex-ministro da Cultura Juca Ferreira e o ambientalista João Augusto Fortes. Em boa parte, lembra o idealizador, a produção vem das etnias guarani, por estas estarem no Sudeste e com mais acesso aos meios.

É o caso do curta-metragem Konãgxeka – O Dilúvio Maxakali, desse povo estabelecido em Minas Gerais. Mas também de grupos de outras regiões, a exemplo dos Kiriri, na Bahia, no média Mirandela Kiriri. “Apesar de território e demarcação serem recorrentes, os temas incluem mitos e valores que nos guiam, com uma poética talvez inesperada a certo público”, diz Krenak. “A câmera para os índios é, hoje, um reverso daquele espelhinho trazido pelos colonizadores. Desde lá temos uma mística com a imagem e a autoimagem.”

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A fronteira invisível

Por Jotabê Medeiros

Subindo o rio Muru e o rio Humaitá por três dias (no verão são cinco dias, porque os rios estão secos), logo após percorrer 400 km desde Rio Branco até Tarauacá, no noroeste do Acre, chega-se à Terra Indígena Kaxinawá. Ali, há 33 anos, nasceu, formou-se e vive o cineasta Nilson Tuwe Huni Kuin, filho de um cacique tradicional dos Kaxinawá e diretor do filme Nós e os Brabos(parte do documentário Notícias dos Brabos), sobre os únicos povos que vivem livres no planeta Terra: os índios isolados daquela região.

Nós e os Brabos é um dos destaques da Aldeia SP – Bienal de Cinema Indígena, festival de filmes feitos por índios (com três convidados não-índios) que começa nessa sexta-feira no Centro Cultural São Paulo (CCSP), às 15h. O mundo começou a prestar atenção nesses povos que vivem longe da civilização, sem nunca terem tido contato com brancos, principalmente após um sobrevoo de uma equipe da televisão BBC, de Londres, em 2010, cujo guia era Nilson Tuwe. As imagens de um povo vermelho e preto, assustado com o barulho da máquina voadora, ganharam o mundo.

Formado em Gestão Territorial e Ambiental da Terra Indígena, Nilson Tuwe trabalha numa espécie de fronteira invisível: ele cuida para que os quatro grandes grupos dos últimos povos isolados que vivem entre o Acre e o Peru (uma população estimada em cerca de 300 indígenas) não sejam contatados, nem vice-versa. É como vigiar o ar.

Esse trabalho delicado é árduo. O avanço da exploração madeireira, da mineração e outros fatores acossam os povos isolados, e mesmo o seu aumento populacional (por conta da proteção) também os empurra para a peregrinação em busca de comida pelo seu território, gerando ameaças.

“Vejo o cinema como forma de linguagem e como forma de trabalho. Nas aldeias, a gente aprendia oralmente, até pouco tempo. Estamos nos apropriando dessa tecnologia para aprender sobre nós mesmos, para registrar nossa cultura e nossos problemas”, diz Nilson, recém-chegado a uma pousada na Vila Mariana, em São Paulo, para participar da Aldeia SP. “Há cem anos, se tivéssemos uma câmera, nós saberíamos hoje como nossos índios viviam.”

Os Kaxinawá são vizinhos dos povos isolados, e de vez em quando fazem contato visual. Chegaram a ceder um terço de sua terra para os isolados, conta o diretor. “O povo isolado é nosso parceiro. O ideal é trabalhar na vigilância e na conscientização”. O grupo mais próximo é o Shenipabu, a aldeia focalizada pelo sobrevoo da BBC. “São tranquilos, mas se mexer com eles, podem ser violentos”, diz Nilson. Durante a seca dos rios, os Shenipabu saem pelo território, e é quando aumentam os contatos visuais. “Estão começando a saquear, a perambular durante o verão”, diz o cineasta.

O trabalho e a experiência de Nilson Tuwe são raros, e a partir de segunda-feira estarão em debate pelos Centros Educacionais Unificados (CEUs) de São Paulo, onde seu filme será mostrado de graça (conheça aqui a programação da mostra). Seu documentário começou a ser realizado em 2009, e prevê também o registro do contato entre os isolados e os ditos civilizados – há dois anos, no alto rio Envira, na fronteira com o Peru, um grupo fez contato forçado, pela pressão da atividade madeireira. A divulgação de Nós e os Brabos também é uma forma de o diretor conseguir visibilidade para seu projeto, que prevê o financiamento de um longa-metragem.

Publicado en Carta Capital

 

Bienal de Cinema Indígena chega aos CEUs e CCSP

São Paulo abriga, entre os dias 7 e 12 de outubro, a 2ª edição da Aldeia SP – Bienal de Cinema Indígena. Trata-se de uma rara amostragem de 53 filmes da cinematografia produzida por índios brasileiros, das matas às bordas das metrópoles. Um festival de imagens que tem a direção do líder indígena Ailton Krenak e patrocínio integral da empresa Spcine. O evento é uma correalização Spcine.

“A imagem já está pastel demais. Hollywood pasteurizou a imagem. Nós queremos despasteurizar, estamos fazendo uma espécie de revolução do olhar”, afirma Krenak, idealizador da mostra ao lado dos curadores Pedro Portella Macedo e Rodrigo Siqueira Arajeju.

A organização do evento trará 10 dos realizadores para São Paulo, todos de origem indígena. Entre eles estão Alberto Álvares (Guarani Nhandeva, Mato Grosso do Sul), Alexandre Pankararu (Pankararu, Pernambuco), Carlos Papá (Guarani, São Paulo), Cristiane Takuá (Takuá, São Paulo), Jerá Giselda (Guarani Mbya, São Paulo) e Morzaniel Iramari Yanomami (Yanomami, Roraima/Amazonas).

“A História da Cutia e do Macaco” (Mato Grosso/São Paulo, Kawaiwete, 2011)

Os cineastas convidados vão exibir seus filmes em salas do Circuito Spcine de Cinema, nas unidades dos Centros Educacionais Unificados (CEUs) da Prefeitura de São Paulo e no Centro Cultural São Paulo (CCSP). Além disso, participarão de conversas com o público.

A abertura será no dia 7/10, às 17h, no CCSP, que abrigará cotidianamente exibições dos filmes. Nos dias 10 e 11 de outubro, haverá projeções no Circuito Spcine Aricanduva, Circuito Spcine Vila Atlântica, Circuito Spcine Butantã e nos CEUs Paraisópolis, Casa Blanca, Inácio Monteiro, Parque Anhanguera, Parque Bristol, Heliópolis e Pera Marmelo. Haverá uma sessão extra no Circuito Spcine Meninos, em 12 de outubro.

“Exibir nas telas a produção cinematográfica dos povos indígenas será uma imensa oportunidade para os paulistanos acessarem a rica sabedoria indígena que pulsa nesses filmes. O olhar e discurso dos cineastas indígenas é fundamental para resolver os problemas ambientais, espirituais e sociais do Brasil e do planeta”, afirma Alfredo Manevy, diretor-presidente da Spcine.

Em sua viagem do CCSP para os diversos CEUs paulistanos, a Aldeia SP apresentará públicos da região central e das periferias a um outro universo de formação e criação cinematográfica, bastante diferente de tudo que estamos acostumados a conhecer como cinema convencional.

O antropólogo, cineasta e fotógrafo Pedro Portella, um dos curadores, define a seleção de filmes da Aldeia SP: “Pensamos na curadoria como uma maloca indígena, onde o ritual e o cotidiano dos ameríndios estivessem presentes, reunidos em um cinema artesanal. O importante, para nós, é reforçar o papel do cinema múltiplo indígena, um cinema artesanal e diverso, que traz o discurso direto de seus realizadores”.

“Perdi a conta dos filmes a que assistimos”, diz o outro curador, o cineasta, produtor e advogado Rodrigo Siqueira Arajeju (Troféu Mucuripe de melhor direção neste ano pelo filme Índios no Poder, no 26º Festival Cine Ceará). “Para se ter uma ideia, a nossa seleção compreende produções que vão de filmes de protesto, sobre retomadas de terras tradicionais, até o cine-roça, o cine-xamanismo, videoclipes, programas televisivos e animações. As estéticas indígenas são múltiplas e refletem a diversidade vivenciada em matas e fronteiras urbanas por dezenas de coletivos e realizadores pertencentes a alguns dos 305 povos originários no Brasil, falantes de 274 línguas.”

Nesse espírito de coletividade não competitiva, a Bienal de Cinema Indígena abrange produções dos últimos seis anos e destaca, segundo observa Portella, uma forte amostra de produção feminina. “Só das etnias indígenas do rio Negro saíram 11 filmes, sobretudo de realizadoras indígenas como a Baniwa Elisangela Fontes Olímpio, com seu documentário mítico intitulado Nora Malcriada, e a Tukana Larissa Ye’padiho Mota Duarte, que estará presente pessoalmente na mostra apresentando o filme autobiográfico Wehsé Darasé – Trabalho da Roça. Além delas, também teremos a Tariana Maria Claudia Dias Campos, com o belo e intimista As Manivas de Basebó – Histórias e Tradições, e o sensível Não Gosta de Fazer mas Gosta de Comer, da Tukana Maria Cidilene Basílio em parceria com a Baré Alcilane Melgueiro Brazão. Elas afirmaram e documentaram a prática sobretudo feminina tão importante que vemos em quase toda Amazônia: as casas de farinha, que alimentam os povos indígenas desde sempre”.

“As mulheres indígenas ocupam maior espaço no cinema porque sua afirmação de independência cresceu nas aldeias, e o seu protagonismo no movimento indígena já se tornou marcante”, afirma Rodrigo Arajeju. Os cinco sentidos, além de outros mais, terão de estar bem aguçados para descortinar um Brasil visto pela revolta do olhar de representantes das mais antigas brasileiras e brasileiros.

Abertura

A abertura da mostra será realizada em 7 de outubro, às 16h, no Centro Cultural São Paulo. A partida será dada pelos Guarani Kaiowa do Mato Grosso do Sul, na primeira exibição oficial na cidade do longa-metragem Martírio (foto acima), dirigido pelo antropólogo, indigenista e documentarista franco-brasileiro Vincent Carelli, que acaba de receber o Prêmio Especial do Júri Oficial e o prêmio de melhor filme de longa-metragem do Júri Popular no Festival de Cinema de Brasília.

Martírio será exibido às 15h, na sala Lima Barreto do CCSP. A programação inaugural segue na sala Adoniran Barbosa, com apresentações do Coral Guarani (17h) e da cantora indígena Djuena Tikuna (17h30) e uma roda de conversa com o ativista indígena, escritor e idealizador da bienal Ailton Krenak, o ex-ministro da Cultura Juca Ferreira, o diretor Carelli, o cineasta Marco Altberg e o cientista social Felipe Milanez, da Universidade de Coimbra (18h30). Também participarão da roda 12 realizadores indígenas de diversas partes do Brasil, reunidos em São Paulo especialmente para o festival.

Às 20h, serão exibidos mais dois filmes convidados da Aldeia SP, o longa-metragem ficcional O Abraço da Serpente, de Ciro Guerra, e o média-metragem experimental Xapiri, de Bruce Albert, Gisela Motta, Laymert Garcia dos Santos, Leandro Lima e Stella Senra, inspirado no xamanismo Yanomami.

“Para a abertura da Aldeia SP 2016, optamos por estabelecer um diálogo com filmes indigenistas, que abordam o universo ameríndio sob duas perspectivas: do transe-ficção, como nos casos de O Abraço da Serpente e Xapiri, e do documentário engajado, como no caso de Martírio”, afirma o antropólogo cineasta e fotógrafo Pedro Portella, curador do festival ao lado do cineasta e produtor Rodrigo Arajeju.

Confira a programação completa:

Programação CCSP

Centro Cultural São Paulo (Rua Vergueiro 1000 – Paraíso)

Sexta-feira (07 de outubro de 2016)

15h – Sessão de cinema | Filme convidado (sala Lima Barreto)

Martírio 160′

17h – Coral Guarani

17h30 – Show da Djuena Tikuna

18h30 – Roda de Conversa com a presença de Alfredo Manevy (diretor-presidente da Spcine); Ailton Krenak (diretor do Núcleo de Cultura Indígena); Juca Ferreira (ex-ministro da cultura); Vincent Carelli (coordenador do Vídeo nas Aldeias); Pedro Portella e Rodrigo Arajeju (curadores da Aldeia SP); Filipe Milanez (cientista social da Universidade de Coimbra); Marco Altberg (cineasta) e os realizadores indígenas convidados Alberto Álvares, Alexandre Pankararu, Carlos Papá, Cristiane Takuá, Jerá Guarani, Larissa Tukano, Michele Guarani Kaiowa, Morzaniel Iramari Yanomami, Nilson Tuwe Huni Kuin, Patricia Ferreira, Sirleia Kiriri, Txana Isku Nawa Huni Kuin.

20h – Sessão de cinema  | Filmes convidados

O Abraço da Serpente 125′ (Sala Paulo Emílio)

Xapiri 55′ (Sala Lima Barreto | seguido de bate-papo)

Sábado (08 de outubro de 2016)

15h – Sessão de cinema e bate-papo com o cineasta indígena Alexandre Pankararu;

Resistência Guarani SP – Por que ocupamos o Pátio do Colégio? – 3′

Oky – 3′

Ara Pyau – 2′

Guairaka’i ja – o dono da lontra – 11′

TV Foirn Episódio 2 – 26’

Terra Nua – 20’

17h10 – Sessão de cinema e bate-papo com os cineastas indígenas Carlos Papá e Cristiane Takuá;

Manifesto: Por que fechamos a Bandeirantes? – 3’

Konãgxeka: o dilúvio maxakali – 13′

GRIN – 40’

Ritual da Erva Mate – 20’

19h40 – Sessão de cinema e bate-papo com os cineastas indígenas Michele Guarani Kaiowa e Morzaniel Iramari Yanomami;

Rodovia Rojoko – O dia em que fechamos a Bandeirantes – 4′

Nora Malcriada – Kupixá Yanékitiwara – 7’

Retomada Teykue -16′

Urihi Haromatipë – Curadores da Terra-floresta – 60’

Domingo (09 de outubro de 2016)

15h – Sessão de cinema e bate-papo com os cineastas indígenas Patricia Ferreira e Txana Isku Nawa Huni Kuin

Benzimento de Proteção – Vetidaresé – 12’

A História da Cutia e do Macaco – 12’
No caminho com Mario – 21’

Nixpu Pima – Rito de passagem – 37’

17h30 – Sessão de cinema e bate-papo com as realizadoras indígenas Jerá Guarani e Sileia Kiriri;

Maniaka umbaka yandé / Kaine weemakaronape / Mandioca, sustento da vida -17’

Nhamombaraete Nhanderopy’i – Fortalecendo nossa casa de reza 10’

Nhanhoty – Semente Tradicional Guarani 6’

Mirandela Kiriri – 30’

19h40 – Sessão de cinema e bate-papo com os cineastas indígenas Larissa Tukano e Alberto Álvares;

Somos Tupinambá 4′

Espelho Partido – 3’

ZAHY – uma fábula sobre o Maracanã – 5’

Wehsé Darasé: Trabalho da Roça – 24’

Tekowe Nhepyrun – A origem da alma – 50’

Terça-feira (11 de outubro de 2016)

15h – Sessão de cinema

Extermínio sutil – 5′

A Festa dos Encantados – 13’

Retomar para Existir: A história do líder indígena Cacique Nailton Pataxó – 21’

Roça da Sogra – 21’

Tudo ok. Os índios Pataxó Hãhãhãe e o desenvolvimento rural – 25’

TV Foirn Episódio 1 -26’

17h10 – Sessão de cinema;

Koangagua – 4’

Etnomapeamento Tupinambá 11’

Comemoração dos Netos de Makunaimî: Raposa Serra do Sol, 32 anos de luta! 21′

Essa terra nos pertence – 19’

As Manivas de Basebó Histórias e Tradições – 45’

19h40 – Sessão de cinema e bate-papo com o cineasta indígena Nilson Tuwe Huni Kuin;

Eju Orendive – 4’

A todo povo de luta – 4’

Ojepota rai va’e regua – Sobre aquele que quase se transformou – 15’

Uxi – 5′

Calendário do Trabalho da Roça – 21’

Nós e os Brabos – 27’

Quarta-feira (12 de outubro de 2016)

15h – Sessão de cinema;

Não gosta de fazer mas gosta de comer – 43’

Bora para Roça – 61’

17h10 – Sessão de cinema e bate-papo com o cineasta indígena Alberto Álvares;

ETE Londres – 20’

Karai haégui Kunhã Karai’ete – Os verdadeiros líderes espirituais – 67’

19h40 – Sessão de cinema e bate-papo com os cineastas indígenas Carlos Papá e Alexandre Pankararu;

Amne Adji Kapẽrẽ Mba –  Carta Kĩsêdjê para a Rio+20 – 11’

A promessa – 7’

Xondaro ha’egui xondaria jeroky – A dança dos xondaros e xondarias – 16’

Voz das Mulheres Indígenas – 17′

Iniciação dos filhos dos espíritos da terra – 40’

Programação CEUs (Centros Educacionais Unificados)

Segunda-feira (10 de outubro)

Circuito Spcine Aricanduva (Rua Olga Fadel Abarca, s/n, Jardim Santa Terezinha)

10h  – Sessão de cinema e bate-papo com os cineastas indígenas Michele Guarani Kaiowa e Alberto Álvares

Retomada Teykue – 15’

A Origem da Alma – 50’

CEU Casa Blanca (Rua João Damasceno, 85, Jardim São Luís)

10h – Sessão de cinema e bate-papo com os realizadores indígenas Sirleia Kiriri e
Txana Isku Nawa Huni Kuin

Mirandela Kiriri – 31’

Nixpu Pima – Rito de Passagem – 36’

CEU Parque Bristol ( Rua Professor Artur Primavesi, s/n, Parque Bristol)

10h30 e 12h – Sessões de cinema e bate-papo com os cineastas indígenas Carlos Papá e Larissa Tukano

Ka’a’i – O ritual da Erva Mate – 20’

Wehsé Darasé: Trabalho da Roça – 23’

CEU Inácio Monteiro (Rua Barão Barroso do Amazonas, s/n, Conjunto Inácio Monteiro)

16h30 – Sessão de cinema e bate-papo com os cineastas indígenas Alexandre Pankararu e Patricia Ferreira

Konãgxeka: o dilúvio maxakali – 13’

Terra Nua – 20’

No caminho com Mario – 21’

CEU Pêra Marmelo (Rua Pêra Marmelo, 226, Jaraguá)

19h30 Sessão de cinema e bate-papo com os cineastas indígenas Morzaniel Iramari
Yanomami e Jerá Guarani

Urihi Haromatipë Curadores da Terra-floresta – 60’

Xondaro ha’egui xondaria jeroky – A dança dos xondaros e xondarias – 16’

Terça-feira (11 de outubro de 2016)

CEU Parque Anhanguera (Rua Pedro José de Lima, 1020, Jardim Anhanguera)

9h30 – Sessão de cinema e bate-papo com os cineastas indígenas Sirleia Kiriri e
Txana Isku Nawa Huni Kuin

Mirandela Kiriri – 31’

Nixpu Pima – Rito de Passagem – 36’

CEU Heliópolis (Estr. das Lágrimas, 2385, São João Clímaco)

10h – Sessão de cinema e bate-papo com os cineastas indígenas Michele Guarani Kaiowa e Alberto Álvares

Retomada Teykue – 15’

A Origem da Alma – 50’

CEU Paraisópolis (R. Dr. José Augusto de Souza e Silva, s/n, Jardim Parque Morumbi)

10h – Sessão de cinema e bate-papo com os cineastas indígenas Alexandre Pankararu e Patricia Ferreira

Konãgxeka: o dilúvio maxakali – 13’

Terra Nua – 20’

No caminho com Mario – 21’

Circuito Spcine Vila Atlântica (Rua Coronel José Venâncio Dias, 840, Jardim Nardini)

14h – Sessão de cinema e bate-papo com os cineastas indígenas Carlos Papá e Larissa Tukano

Ka’a’i – O ritual da Erva Mate – 20’

Wehsé Darasé: Trabalho da Roça – 23’

Circuito Spcine Butantã (Av. Eng. Heitor Antônio Eiras Garcia, 1728, Jardim Esmeralda)

16h – Sessão de cinema e bate-papo com os cineastas indígenas Morzaniel Iramari
Yanomami e Jerá Guarani

Urihi Haromatipë Curadores da Terra-floresta – 60’

Xondaro ha’egui xondaria jeroky – A dança dos xondaros e xondarias – 16’

Quarta-feira (12 de outubro de 2016)

Circuito Spcine Meninos (R. Barbinos, 111, São João Clímaco)

16h – Sessão de cinema e bate-papo com os cineastas indígenas Patricia Ferreira e Nilson Tuwe Huni Kuin

No caminho com Mario – 21’

Nós e os Brabos – 26’

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