Mix Brasil, el mayor festival LGBTQ de América Latina

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O 24° Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade, maior festival LGBTQ da América Latina, acontece de 9 a 20 de novembro na Capital Paulista. Na programação estão 113 filmes de 26 países, além de teatro, música, conferencia e o 1º MixLab. Em 2016, o Festival irá homenagear João Pedro Rodrigues, um dos maiores cineastas do cinema português, que tem presença confirmada no evento. O seu último filme, “O Ornitólogo” (Portugal/França/Brasil), inédito em São Paulo, abrirá o Mix Brasil no dia 9 de novembro numa sessão especial para convidados no Auditório Ibirapuera.

Premiado no Festival de Locarno na categoria de melhor direção, o filme conta a história de Fernando, um ornitólogo solitário, que está à procura de cegonhas negras ao longo de um remoto rio nos confins de Portugal quando é arrastado pelas corredeiras. Resgatado por um casal de peregrinas chinesas, ele mergulha em uma floresta escura, misteriosa, tentando voltar às origens (e às cegonhas). Mas, diante de obstáculos inesperados e estranhos e pessoas que o colocam à prova, o protagonista logo é levado por ações extremas e transformadoras.

Na programação estão mais 4 títulos do cineasta português: “O Fantasma”, primeiro longa de João Pedro Rodrigues, que este ano completa 16 anos e será exibido em 35mm, foi selecionado para a competição oficial do Festival Internacional de Cinema de Veneza em 2000 e eleito o melhor filme no Festival de Cinema de Entrevues, e os curtas “Parabéns!”,“O corpo de Afonso” e “O que arde cura” – este último de direção de João Rui Guerra da Mata, seu companheiro e parceiro de projetos artísticos e coroteirista junto com João Pedro de “O Ornitólogo”, O curta conta com atuação de João Pedro Rodrigues.

No Panorama Internacional estão confirmados longas-metragens e documentários premiados recentemente em Festivais Internacionais de Cinema como Berlim, Locarno, Hong Kong, Cannes, Toronto, Sundance, entre outros. Destaques para “É Apenas o Fim do Mundo” de Xavier Dolan (Canadá), vencedor do prêmio do Júri no Festival de Cannes; “Quando Se Tem 17 Anos” de André Téchiné (França), vencedor de prêmio do Júri no Outfest; “As Vidas de Thérèse” de Sébastien Lifshitz (França), vencedor da Queer Palm no Festival de Cannes; “Absolutely Fabulous: O Filme” de Mandie Fletcher (Reino Unido/EUA); “Kiki“ de Sara Jordenö (Suécia/EUA), vencedor do Teddy de melhor documentário em Berlim; “Quem Vai Me Amar Agora?” de Barak Heymann e Tomer Heymann (Israel/Reino Unido), vencedor do Panorama Audience Award no Festival de Berlim; “O Monstro no Armário” de Stephen Dunn (Canadá), prêmio de Melhor Longa-Metragem Canadense no Festival de Toronto; “Tomcat” de Händl Klaus (Áustria), vencedor do Teddy de melhor longa-metragem na Berlinale e “Yes, We Fuck!” (Espanha), de Antonio Centeno e Raúl de la Morena.

Já no circuito nacional, o festival premiará com o Coelho de Ouro o melhor longa-metragem brasileiro. Os selecionados são “A Cidade do Futuro” de Cláudio Marques e Marília Hughes (BA), “A Destruição de Bernardet” de Claudia Priscila e Pedro Marques (SP), “Antes o Tempo Não Acabava” de Sérgio Andrade e Fábio Baldo (AM/Alemanha), “Divinas Divas” de Leandra Leal (RJ), “Entre os Homens de Bem” de Caio Cavechini e Carlos Juliano Barros (SP), “Lampião da Esquina” de Lívia Perez (SP), “O Ninho” de Marcio Reolon e Filipe Matzembacher (RS), serie com 4 capítulos, “Waiting for B.” de Paulo Cesar Toledo e Abigail Spindel (SP).

Como já é tradição no Mix Brasil os curtas-metragens nacionais também concorrem ao Coelho de Ouro e Prata em diversas categorias. Este ano serão 15 filmes de 9 estados. Os títulos que estão na Mostra Competitiva são “A Gis” de Thiago Carvalhaes (SP/Portugal), “A Vez de Matar, A Vez de Morrer” de Giovani Barros (MS), “Ainda Não lhe Fiz Uma Canção de Amor” de Henrique Arruda (RN), “De Repente” de Bruno Caldas (DF), “Diamante, O Bailarina” de Pedro Jorge (SP), “Em Defesa da Família” de Daniella Cronemberger (DF), “Horizonte de Eventos” de Gil Baroni (PR), “Ingrid” de Maick Hannder Lima Porto (MG), “Love Snaps” de Daniel Ribeiro e Rafael Lessa (SP),“O Último Dia Antes de Zanzibar” de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon (RS), “Ocorridos do Dia 13” de Débora Zanatta e Estevan de la Fuente (PR), “Os Cuidados que se tem com o Cuidado que os Outros Devem ter Consigo Mesmos” de Gustavo Vinagre (SP), “Piscina” de Leandro Goddinho (SP), “Rosinha” de Gui Campos (DF) e “Rua Cuba” de Filipe Marcena (PE). Para completar a programação de curtas, os programas especiais trarão os temas: À Flor da Pele, Ásia em Chamas, Corpo Cru, Cis & HT, Girl Play, Hardcore Boyz, Lacrações Periféricas, Mix Millennials e Trans Finíssimas.

Vários convidados internacionais marcarão presença no 24° Festival Mix Brasil, como o ator australiano Murray Bartlett, protagonista da série americana Looking e que está confirmado para a 5° temporada de Nashville; Desiree Buford, Diretora de Programação do Festival Frameline, Ana David, dos festivais Queer Lisboa e Doclisboa, João Rui Guerra da Mata, Stephen Dunn, diretor de “O Monstro no Armário, Eric Juhola, diretor de “Growing Up Coy, entre outros.

Publicado en Investimento

Com criatividade, Mix Brasil celebra sua 24ª edição

Mesmo afetado pela crise econômica, o Festival MixBrasil de Cultura da Diversidade chega à sua 24ª edição “com todas as atividades acontecendo”, disse o diretor e curador do festival, João Federici. E ainda com uma novidade: o MixLab, que vai promover o encontro entre cineastas do país e do mundo por meio de apresentação de filmes, palestras, debates e cursos para os jovens cineastas brasileiros.

Considerado o maior festival LGBTQ da América Latina, o Mix Brasil começa no dia 9 e prossegue até o dia 20, na capital paulista, apresentando 114 filmes de 26 países, muitos deles premiados em festivais. “Continuamos com o cinema sendo nosso forte e com o teatro com cerca de dez espetáculos”, disse Federici, em entrevista à Agência Brasil.

“O festival continua com todo esse alvoroço e com todos os problemas financeiros que a gente enfrentou e está enfrentando este ano, mas o evento continua inteiro, com todas as atividades.»
Segundo Federici, a crise foi contornada dentro do festival “com muita criatividade” e uma equipe um pouco mais reduzida, além de uma diminuição na quantidade de filmes estrangeiros. Mas isso será pouco sentido pelo público e nas diversas atividades de cinema, música, teatro, dança e conferências que são promovidas todos os anos pelo evento.

O tradicional Show do Gongo, comandado pela atriz Marisa Orth, também não ficará de fora e vai ocorrer no dia 15, a partir das 20h30, no Centro Cultural São Paulo. Apesar da crise, o festival deste ano foi ampliado. “Crescemos em salas. Teremos mais salas este ano. Teremos toda uma programação nos CEUs [Centros Educacionais Unificados] da cidade”, disse.

As crianças terão uma atividade especial no Centro Cultural São Paulo, uma oficina chamada “Fazendo Cinema – Crescendo com a diversidade», coordenada por Christian Saghaard. “Temos uma oficina para crianças de escolas públicas e vamos mostrar como fazer cinema e aprender a fazer cinema com diversidade”, afirmou.

A abertura do festival, no Auditório Ibirapuera, terá a apresentação do filme O Ornitólogo, do cineasta português João Pedro Rodrigues, homenageado pelo evento este ano. O filme foi premiado em Locarno, na Suíça, este ano, na categoria de melhor direção. Outros filmes premiados e que estarão no festival são É Apenas o Fim do Mundo, de Xavier Dolan (Canadá), vencedor do prêmio do Júri no Festival de Cannes; As Vidas de Thérèse, de Sébastien Lifshitz (França), vencedor da Queer Palm no Festival de Cannes; Kiki, de Sara Jordenö (Suécia/EUA), vencedor do Teddy de melhor documentário em Berlim; Quem Vai Me Amar Agora?, de Barak Heymann e Tomer Heymann (Israel/Reino Unido), vencedor do Panorama Audience Award no Festival de Berlim; e A Intervenção, de Clea DuVall (EUA), prêmio especial do Júri e de melhor atriz em Sundance.

Pela segunda vez, dentro do festival, as questões relativas à população LGBTQIA (termo adotado no lugar de LGBT, que vem gerando polêmica nos Estados Unidos) serão debatidas em cursos, oficinas, encontros e rodas de conversa na Conferência Internacional [SSEX BBOX] & Mix Brasil.

“A sexualidade e identidade de gênero têm que ser discutidas em escolas. Isso faz parte de um processo e isso ainda vai causar muito. O festival já ajudou muito e continua ajudando nisso. Nosso público é de 50% de pessoas do segmento LGBTQ e 50% público não LGBT. Ele é um festival que já nasceu com o nome de Mix, ou seja, é para todo mundo. É um festival que não é um gueto, mas que busca todo mundo”, disse ele.

Mais informações sobre o festival e a programação podem ser encontrados aqui.

Fonte: Agência Brasil

 

Publicado en ODebate
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