La protesta de la cultura en Brasil

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Em São Paulo, um ato contra o congelamento de verbas destinadas à Secretaria Municipal de Cultura ocupou na tarde desta terça-feira a frente da Prefeitura, no centro da cidade. Convocada pela Frente Única da Cultura, coletivo que reúne trabalhadores do setor, a manifestação reuniu cerca de cem pessoas e pediu o descongelamento de 43,5% do orçamento destinado à pasta. O contingenciamento foi anunciado em fevereiro pelo prefeito, João Doria.

Além do descongelamento, o movimento pede também a execução do Plano Municipal de Cultura, a implantação do Conselho Municipal de Cultura e exige que metade das verbas da Secretaria de Cultura (3% do orçamento total) seja dedicada a projetos na periferia.

As palavras de ordem e os discursos foram acompanhados de uma intervenção artística. Para simbolizar a morte da cultura, os manifestantes deitaram no chão enquanto pessoas fantasiadas como esqueletos jogavam margaridas entre eles.

Com a participação de atores, dançarinos, músicos e artistas circenses, o ato teve a presença do vereador Eduardo Suplicy (PT), do vereador Toninho Vespoli (PSOL) e do ator Pascoal da Conceição. Foi o terceiro protesto organizado pela Frente Única da Cultural.

Por meio de nota oficial, a prefeitura respondeu que a «atual gestão recebeu o orçamento com despesas subestimadas e receitas superestimadas que culminaram num ‘buraco orçamentário’ de R$ 7,5 bilhões» e que, portanto, o «congelamento dos recursos preventivamente foi necessário para colocar as contas em ordem, por conta da lei de responsabilidade fiscal».

A nota diz ainda que a liberação dos recursos será feita de forma gradual, de modo a «respeitar as atuais restrições financeiras». Fontes de arrecadações alternativas de receitas também estão sendo utilizadas, ainda segundo a resposta oficial, bem como financiamentos, parcerias e privatizações com o objetivo de continuar todas as atividades e projetos, em todas as áreas.

Publicado en OGlobo
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