Manifestantes protestam contra violência de gênero no Rio

Rio de Janeiro - Protesto no Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher, pelo fim da violência contra as mulheres e contra o PL 5069/13, em frente à Câmara de Vereadores (Fernando Frazão/Agência Brasil)
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En Contexto
En 1993 la Asamblea General de las Naciones Unidas aprobó la Declaración sobre la Eliminación de la Violencia contra la Mujer y se instituyó el 25 de noviembre como el Día Internacional de No Violencia contra las Mujeres. La fecha fue elegida para recordar el asesinato en 1960 de las hermanas Mirabal a manos de la dictadura de Leónidas Trujillo en República Dominicana. La resolución define que la violencia hacia la mujer era “todo acto de violencia basado en el género que tiene como resultado posible o real un daño físico, sexual o psicológico, incluidas las amenazas, la coerción o la prohibición arbitraria de la libertad, ya sea que ocurra en la vida pública o en la vida privada”.

Centenas de pessoas saíram às ruas do centro do Rio de Janeiro hoje (25) para protestar contra todos os tipos de violência de gênero e exigir direitos, 55 anos depois da morte das irmãs Miraba pela ditadura de Trujillo, na República Dominicana, data que inspirou o Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher.

Os manifestantes, na maioria mulheres, reuniram-se na Assembleia Legislativa e depois caminharam até a Cinelândia, conhecido espaço de lutas e manifestações sociais da capital fluminense.

A continuista Frida Renfro fez questão de levar as duas filhas Serena, 4 anos, e Melissa, 1 ano, ao ato. «Esta é a segunda vez que as trago. Elas gostam, dançam», disse. «Ainda temos muitos direitos ignorados e a questão da violência contra a mulher é a mais urgente. São muitas violências e queria passar para elas que, independente da causa, que, no futuro, elas se juntem a outras mulheres para lutar. Feminismo não é o oposto de machismo. É luta por direitos, oportunidades iguais», disse.

Os cartazes e palavras de ordem protestavam majoritariamente contra o pré-candidato a prefeito do Rio, Pedro Paulo (PMDB), acusado de agredir a ex-mulher, e o Projeto de Lei 5.069/13, que dificulta o atendimento a vítimas de abuso sexual e estupro.
Para a professora de história Talíria Petrone Soares, o PL 5.069 representa um retrocesso no direito adquirido ao aborto legal. «Fazer a mulher ir à Polícia, questioná-la se está falando a verdade é uma forma de violência», disse. «E esse tipo de violência nos remete à violência concreta que hoje no Rio de Janeiro é a expressão do Pedro Paulo. Com essa ideia de que a violência está no plano do privado, de que é apenas um empurrãozinho, de que não é violência».

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o deputado Pedro Paulo admitiu ter agredido a ex-mulher, quando ainda eram casados em 2010. Segundo ele, o ato de violência foi uma «discussão que saiu do controle».

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), que propôs o Projeto de Lei 5.069, também foi alvo dos manifestantes que exigiam a saída dele da presidência da Câmara.

O estudante de eletrotécnica Felipe Albérico de Oliveira Alves segurava um cartaz criticando o Projeto de Lei (PL) 7.382/2010, também de autoria de Cunha, que prevê punições para quem discrimina heterossexuais. «Infelizmente, no nosso cotidiano, prevalece a violência contra a mulher. Trazemos um legado muito forte, pois são anos de preconceito e machismo e acredito que temos muito a melhorar».

Publicado por Agencia Brasil EBC

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